Seis por meia dúzia

Por: Redação SOS Brasília

“Esse tipo de resultado não agrada a ninguém”.

O objetivo era combater a corrupção e barrar o plano diabólico do PT que pretendia governar o Brasil por 40 anos, transformando-o numa espécie de “ditadura democrática”. Os escândalos do governo petista tomavam conta da mídia desde 2005 com a descoberta do Mensalão do PT denunciado pelo Deputado Roberto Jefferson (PTB/RJ) e patrocinado pelo governo Lula. O STF mostrou o julgamento das ações denunciadas pelo Ministério Público e comandado por Joaquim Barbosa, Presidente da Corte máxima de Justiça. Seu vice, Ricardo Lewandowski, demonstrava simpatia aos denunciados, especialmente aqueles ligados ao Partido dos Trabalhadores.

Foram 24 condenados, a época. Entre eles estão Zé Dirceu, José Genuíno, Delúbio Soares, João Paulo Cunha, Marcos Valério, Henrique Pizzolato, Jacinto Lamas, Pedro Henry, Bispo Rodrigues, Pedro Correa, Roberto Jefferson e Valdemar da Costa Neto, entre outros. O STF, durante gestão de Joaquim Barbosa, demonstrou “ética e moralidade”, papeis imprescindíveis a quem carrega o
jubilo de “Guardião da Constituição Federal”.

 

DECEPÇÃO E TRISTEZA
Joaquim Barbosa surpreendeu a nação brasileira ao pedir “aposentadoria” aos 59 anos de idade, alegando problemas de saúde e fortes “ameaças de morte” dirigidas a sua família. O povo  brasileiro perdeu seu principal guerreiro e pior: o vice de Barbosa era Ricardo Lewandowski.

 

MANIFESTAÇÕES GANHAM AS RUAS
Embalados por denúncias de corrupção na Petrobras e com o mensalão do PT gravado na memória, os principais movimentos nacionais VPr, MBL, MBCC, Limpa Brasil e Revoltados Online, organizaram a megamanifestação de 15 de março de 2015, marcando o início da derrocada do governo Dilma Rousseff. Em cada estado, em centenas de cidades, multidões saíram às ruas para pedir o fim da corrupção e gritar o “FORA DILMA, FORA PT”.

 

PF, MPF e JUSTIÇA FEDERAL
O avanço das investigações comandadas pelas PF e MPF deu “coro” as vozes populares, surgindo um novo líder guerreiro, mais jovem que Joaquim Barbosa e também preparado, destemido e competente: SERGIO FERNANDO MORO, Juiz Federal responsável pela 13ª Vara Federal, em Curitiba, comandante da Operação LAVA JATO na primeira instância. Renasceu então a “esperança do brasileiro”. O grito rouco das ruas voltou a comandar os pedidos de mudanças e uma centena de manifestações ganhou as ruas acompanhadas por panelaços, trios elétricos, bandeiras e
camisetas verde amarelo. Avenida Paulista, Copacabana, Praça dos três poderes… o povo ganhou às ruas.

 

Nascimento do PIXULECO
Durante a manifestação de 7 setembro de 2015 foi apresentado ao povo brasileiro o boneco Pixuleco. Ganhou as principais manchetes nacionais e internacionais. Lula e seus comparsas enlouqueceram. Enquanto vivo Pixuleco foi vítima de esfaqueamento desferidos por manifestantes petistas, apelidados de “mortadelas”. Em contrapartida, os defensores do Pixuleco receberam o apelido de “coxinhas”.
A guerra aumentava e alguns meliantes petistas tiveram problemas com a polícia. A pressão popular culminou com a aprovação do pedido de impeachment da Dilma, na Câmara Federal, em votação aberta, ocorrida em maio de 2016.

 

TIRIRICA e TEMER
O deputado filósofo TIRIRICA, arrependido de ter dito em suas campanhas “pior do que está não fica”, voltou à tona com outra perola: “NADA que não possa piorar”. Com a saída pelas portas dos fundos, cassada por deputados federais, a então titular do poder, Dilma Rousseff (PT) deu lugar a seu vice, Michel Temer (PMDB), eleito por duas vezes, com votos de petistas e peemedebistas. Professor de Direito, experiente e com bastante bagagem, Michel Temer recebeu elogios abertos de Lula e Dilma, durante campanhas eleitorais que
culminaram com a vitória de Dilma. Ele, Temer, tinha tudo para dar conta do recado e “limpar” a corrupção impregnada nos 3 poderes. Tinha, não tem mais. O problema de Temer é o PMDB. O partido conhecido como “o eterno vice”, aliado de partidos como o PP, PSDB, PSD, PROS, PSL, PSC, entre outros, não tem como dar certo. O partido que abriga Renan Calheiros, Romero Jucá, José Sarney, Jader Barbalho, Geddel, Lobão, Henrique Alves, políticos que apoiam e fazem “parceria” com o PT. Esqueceram que “cumplices” também fazem corpo da quadrilha!

 

DESILUSÃO POPULAR
O povo brasileiro acreditava numa reviravolta, num arrependimento político, numa espécie de resgate da moral e dos bons costumes. A descoberta do aparelhamento de algumas instituições judiciárias fez o povo ficar descrente. A massa popular perdeu a força. Alguns movimentos baixaram o facho e optaram por manifestar-se nas redes sociais.

O resultado oficial da demanda: 6 a 6. Seis por meia dúzia! Uma troca que não vale a pena fazer. Pra ninguém!

 

Ricardo Noronha
Jornalista
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