Estopim para o início da briga ocorreu após Gilmar Mendes criticar a situação financeira do Rio de Janeiro, estado de origem de Barroso
26/10/2017 19:29 , ATUALIZADO EM 26/10/2017 20:11
Mendes criticou a situação financeira do Rio de Janeiro, estado de origem de Barroso, enquanto o outro ministro questionou se, no Mato Grosso, terra natal de seu opositor, “está tudo muito preso”. Era uma referencia ao fato de o ex-governador carioca Sérgio Cabral está com transferência marcada para o presídio federal de Cuiabá (MT). “Nós prendemos, tem gente que solta”, alfinetou Luís Roberto Barroso. Em resposta, Gilmar disse que o colega, ao chegar ao STF, “soltou José Dirceu”, ex-ministro do governo Lula e condenado no caso do Mensalão.
Assista a discussão entre os ministros:
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Na sequência, os ministros foram interrompidos pela presidente do Supremo, Cármen Lúcia. Mas a discussão continuou.
Barroso acusou Mendes de ser parcial em suas decisões e explicou as razões pelas quais concedeu indulto ao ex-ministro José Dirceu. “Não transfira para mim essa parceria que Vossa Excelência tem com a leniência em relação à criminalidade do colarinho branco”, afirmou.
Em outro momento, Gilmar Mendes fez alusão a Barroso ter defendido o ativista italiano Cesare Battisti: “Não sou advogado de bandidos internacionais”. Barroso retrucou: “juiz não pode ter correligionário”.
Para encerrar a discussão, a ministra Cármen Lúcia lembrou aos colegas que eles estavam “no plenário de um Supremo Tribunal” e que ela gostaria de voltar ao caso em julgamento. Após o bate-boca, o julgamento foi retomado e concluído: os ministros mantiveram decisão da Assembleia Legislativa do Ceará que extinguiu os tribunais de contas municipais.
(Com informações da Agência Brasil).