100 DIAS! FALTA(VA) GOVERNAR DE FATO

O eleitor brasileiro espera dos políticos eleitos uma governança de fato, não de firulas ou bravatas. Governar requer descer do palanque e cair no mundo real

*Por Ricardo Noronha

Uma pequena releitura do passado não tão distante do presente

Mergulhado numa crise sem precedentes desde a chamada transição do governo militar para a democracia, em 1985/6, a verdade é que o povo ainda não viu acontecer o que Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Dante de Oliveira e outros políticos brasileiros pregavam em palanques Brasil a fora como forma de resgatar a democracia e devolver a liberdade ao cidadão. Veio a transição, a chamada “passagem”. Tancredo morreu, Sarney assumiu e o sonho da liberdade, da democracia, do crescimento, da geração de emprego e renda, da igualdade para todos, foi ilusão. A própria CONSTITUIÇÃO FEDERAL, promulgada em 1988, deixou muito a desejar. Leis inócuas, constantemente rasgadas pelo próprio STF que deveria cumprir seu papel de Guardião da Constituição. Collor foi eleito e cassado, debaixo de gritos dos “caras pintadas” liderados por Lindberg Farias, que mais tarde se tornaria Senador da República, “pelego” petista a serviço de Lula e Cia. Itamar Franco, o vice, assumiu o mandato tampão e fez a entrega do governo para FHC, intelectual, socialista, detentor de dois mandatos consecutivos, ambos de costas para o empreendedorismo e sem nenhum compromisso com o servidor público. FHC passou 8 anos governando para proteger poderosos empresários e banqueiros.

Em 2002 chega o Lula, “salvador da pátria”, o maior engodo de todos os tempos. Seu partido, o PT, passou 25 anos jogando pedras, quebrando vidraças enquanto seu “líder”, a luz da verdade, vivia a trapacear os trabalhadores, especialmente os metalúrgicos, para e vender informações privilegiadas aos grandes empresários do ABC. Lula conseguiu montar uma quadrilha especializada em delapidar os cofres públicos. Palestrante INTERNACIONAL sem nunca ter feito nenhuma palestra a não ser aquelas onde aparece para encher a cara de cachaça, falar abobrinhas, ensinar artimanhas para o roubo e mentir pra cacete. Aliás a mentira sempre foi o forte de Lula. E quando é descoberto ele disfarça e diz que não saber de nada. Um tremendo “cara-de-pau”. Conhecido como “rei do lero-lero”, conseguiu surrupiar o dinheiro do BNDES com o propósito de financiar obras “internacionais” sem oferecer nenhuma contrapartida ao Brasil. Está preso e condenado em duas instâncias. Uma vergonha para o povo brasileiro amargar por muitos anos!

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Fanfarrão e presidiário Luiz Inácio da Silva, vergonha nacional.

DILMA se elege em 2010! Destrambelhada, alucinática, criadora de metáforas inimagináveis como a da mandioca e do estoque do vento. Dilma era perfeita idiota, uma marionete comandada por petistas ilustres. Ela foi “usada” para dar continuidade ao “esquema” de corrupção, montado para se perpetuar no poder, pelos menos por mais uns 40 anos. O eleitor brasileiro, já cansado de ver o país naufragando em direção ao fundo do poço, foi às ruas e disse CHEGA! Fora PT! Fora Lula! Xô corrupção!

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Dilma não teve escapatória. Cassada num episódio que chegou às três da madrugada, onde Ricardo Lewandosvisk, então presidente do STF, rasgou a CF diante de todos, com a complacência do Congresso Nacional. “Cassa-se a presidenta (…) mas não cassa-se seus direitos políticos”. Foi uma madrugada de tremenda decepção, uma vergonha nacional.

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Dilma Rousseff (PT/MG) aloprada. Ex Presidenta do Brasil

Michel Temer, o vice dos sonhos do PT durante anos, líder nato do PMDB, assumiu o poder. O primeiro apelido que recebeu como “gratidão” foi de traidor, golpista, cuspiu no prato que comeu, passou a rasteira nos petistas. Dois anos de mandato tampão, administrando conchavos e costumes praticados aos longos dos anos, foi empurrando com a barriga até chegar a eleição de 2018. Investigado, preso, réu, solto, aguardando julgamento. É mole?

Ex-presidente Michel Temer
Michel Temer (MDB/SP), ex-presidente do Brasil. Réu por corrupção aguarda julgamento

A ELEIÇÃO DO MITO

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Bolsonaro foi sabatinado pelo Movimento Limpa Brasil

Bolsonaro derrotou um “esquema” gigante montado pela chamada “ORCRIM” estruturada armada com dinheiro publico roubado. O fórum de São Paulo, cujo comando é do PT, tinha como foco eleger Fernando Haddad e “devolver” ao BRASIL o seu papel de destaque na corrupção. Desviar alguns trilhões de reais em doses homeopáticas não faria grande estrago para um país rico como o nosso. Com a provável eleição de Haddad, orquestrada pela Globo, Folha e pelos institutos de pesquisa, o povo seria ludibriado mais uma vez. Tudo armado para aplicar o verdadeiro golpe na democracia. 2018 chegou e entrou para a história. O eleitor promoveu uma renovação política de cabo a rabo, tanto no legislativo como no executivo. ADEUS ao sonho da esquerda!

SERGIO MORO

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Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Nacional

O herói dessa causa tem nome e sobrenome. Responsável por elaborar sentenças milimetricamente fundamentadas, o Juiz Federal Sérgio Moro fez a diferença. Ele se tornou a segurança jurídica necessária para conquistar a confiança e o orgulho do povo brasileiro. Um verdadeiro líder, discretíssimo, íntegro, de poucas palavras. ELE SIM deu a sua contribuição condenando bandidos de alta periculosidade, corruptos, ladrões dos cofres públicos. Hoje, ministro da Justiça, certamente será um nome lembrado pelas próximas gerações. Recentemente foi lembrado como sendo a 13ª personalidade mais respeitada no mundo. Fruto do seu trabalho na liderança da Operação Lava Jato.

Primeiros 100 dias do governo Bolsonaro

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Jair Bolsonaro (PSL/RJ), Presidente do Brasil

Bolsonaro assume o governo federal. O resgate da democracia. O “mito” chega ao poder e assume a esperança de todos os brasileiros. Trouxe em sua bagagem 28 anos de parlamento e a experiência congressual de uma casa acostumada ao famoso toma lá, dá cá, uma troca de favores entre partidos políticos acostumados a enganar o povo. Bolsonaro abdicou-se disso e montou seu governo com generais e técnicos respeitados, sem a tutela partidária. Marcou um golaço! Na esfera política, minúscula em sua estrutura, encontrou dificuldades com Bebianos e outros. A vaidade de alguns colaboradores buscava a prova de quem mandava mais.

OS FILHOS…

É preciso conviver e administrar intrigas e falácias. Os três filhos de Bolsonaro falaram pelos cotovelos, dando pitacos, interferências, bravatas e muitas besteiras. Esqueceram que o eleitor brasileiro escolheu para comandar o país o pai e não os filhos. Aliás, o eleitor foi benevolente. Cada um dos filhos foi eleito para cumprir o seu próprio mandato, seja de Vereador, Deputado Federal e Senador da República. É disso que eles tem de cuidar. Urgente!

100 dias de muita pressão!

Nesses primeiros 100 dias de governo, Jair Bolsonaro teve que apagar fogo dentro e fora de casa. O ministro do Turismo é acusado de plantar LARANJAS dentro do PSL, partido escolhido por Bolsonaro para disputar a presidência. Plantar laranjas é uma prática nefasta oriunda de diversos partidos e condenada por Bolsonaro durante toda a sua vida pública. Um ralo de desvio de dinheiro público para favorecer interesses obscuros e pessoais. Na Educação, o ministro Ricardo Velez, meteu os pés pelas mãos e se tornou um desastre, motivo de piada federal. A impressão que Velez passa é a de que vive no mundo da lua. Bolsonaro peca por esperar tempo demais para demitir ministros que não passaram no teste inicial dos 100 primeiros dias de governo. O mal se corta pela raiz e tem que ser rápido, antes que se espalhe.

BARREIRAS NO LEGISLATIVO

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Ao centro o Senador Davi Alcolumbre (DEM/AP), presidente do Senado Federal

No Congresso Nacional, Alcolumbre, um político desconhecido, assume o Senado Federal. Na Câmara Federal, Rodrigo Maia, genro de Moreira Franco que recentemente se tornou RÉU por corrupção, comanda a casa com ares de primeiro ministro, uma espécie de “rainha da Inglaterra”. Tem a “confiança” da velha politica praticada por velhos partidos, com a pura intenção de embaralhar o governo e estabelecer o famoso balcão de negócios entre Legislativo e Executivo. Bolsonaro não governa sozinho a menos que queria enfrentar o mesmo que Collor enfrentou em 1992.

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Rodrigo Maia (DEM/RJ), presidente da Câmara dos Deputados

100 dias que parecem uma eternidade! Bolsonaro disse durante a semana que não nasceu para ser presidente e sim militar. Ué, mas já se arrependeu, Capitão? É preciso deixar o blá blá blá de lado e partir para a realidade. Você foi eleito por 57 milhões de brasileiros! É hora de olhar no espelho e descer do palanque. O Twitter pode até ajudar a ganhar eleição, mas governar são outros 500.

100 dias de Ibaneis Rocha. O inicio de um sonho!

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Ibaneis Rocha (MDB/DF), governador do Distrito Federal

O executivo local tem pouco a comemorar nesse inicio de governo. Ibaneis assume o comando com os cofres vazios. Todo governante que chega encontra mosca dentro do cofre. É a mesma ladainha de sempre. Quem saí, se limpa o cofre, precisa ser responsabilizado. Dinheiro público não é capim.

Não dá para governar o Distrito Federal com tanta gente nomeada sem critérios técnicos, a maioria vinda de fora, apenas para atender interesses partidários nacionais. O hoje MDB, de Michel Temer e Sarney, invadiu o Buriti e se apossou do governo Ibaneis Rocha. Interessado em comandar o partido visando as eleições presidenciais de 2022, Ibaneis abriu o leque. Governar Brasília com os olhos voltados para o Brasil até não é pecado. No entanto é preciso, primeiro, transformar a cidade numa referência nacional. E para isto se faz necessário uma gestão publica eficaz. O fórum de governadores partindo daqui representa ponto favorável para o governador. É o protagonismo que a capital da república não pode abrir mão.

Outras decisões importantes estão sendo tomadas pelo governador, como a transferência da estrutura do GDF para Taguatinga. Pagar aluguel exorbitante e manter o CENTRAD fechado é burrice! Ibaneis bateu o pé e montou a banca. O governo vem para Taguatinga já a partir de abril e fim de papo! Mas ele sabe, como pessoa inteligente que é, que isto só não basta. Ibaneis não pode esquecer as promessas que fez junto ao eleitorado e que levaram a vitória de forma esmagadora. A eleição já passou mas o eleitor não esquece o que foi prometido. E se esquecer, a oposição lembra, todos os dias!

Para chegar à presidência do BRASIL, Ibaneis precisa implementar um choque de gestão. Brasilia precisa se transformar numa referência administrativa entre os estados, dando a Ibaneis visibilidade nacional. 100 dias é muito pouco tempo, mas o suficiente para pavimentar o caminho, dar o norte da questão. Ibaneis já veio a público e admitiu que aquele colaborador que não corresponder a expectativa será demitido. Secretários, presidentes de empresas públicas e administradores regionais estão na berlinda, certamente. Como exímio advogado que é, Ibaneis Rocha sabe que eleitor não é cliente e Palácio do Buriti não é tribunal.

100 dias de sufoco! Tanto lá “nos Bolsonaros” como aqui nos “Ibaneis”, é fogo cruzado para todos os lados! O eleitor está na espreita, atento, de bituca ligada. 2022 chega num piscar de olhos!

*Ricardo Noronha é jornalista e fundador do Movimento Limpa Brasil

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