Toffoli: STF vai enviar ao MP conclusão de inquérito sobre ofensas a ministros

Crédito: Nelson Jr./SCO/STF

Estadão Conteúdo22/04/19 – 20h00 – Atualizado em 22/04/19 – 20h55

Com ANÁLISE DA NOTICIA, por Ricardo Noronha* (final do texto)

Em uma sinalização à Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, disse nesta segunda-feira, 22, ao Estadão/Broadcast que vai enviar ao Ministério Público Federal a conclusão das investigações do inquérito instaurado pelo próprio Supremo para apurar ameaças, ofensas e a disseminação de notícias falsas (fake news) contra ministros do STF e seus familiares.

“Nunca houve arestas”, disse Toffoli à reportagem, depois de ser questionado se a reunião nesta segunda-feira que teve com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, serviu para aparar as arestas entre as duas instituições.

Para o presidente do STF, as relações entre Supremo e o MPF não ficaram estremecidas.

Dentro da PGR, há o temor de que procuradores entrem na mira da investigação do STF. Conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo na semana passada, deputados federais e senadores deverão ser poupados da apuração.

Foi no âmbito desse processo que o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, decidiu censurar a revista digital “Crusoé” e o site “O Antagonista”, mas depois Moraes derrubou a própria decisão ao receber informações de que as reportagens eram fundamentadas em um documento que “realmente existe”.

Ao sair do STF, Raquel Dodge disse que a conversa com Toffoli foi “excelente”. “A relação do Supremo Tribunal Federal com o Ministério Público é sempre muito boa. Foi uma visita institucional importante e a coisa toda caminhou muito bem”, comentou.

Toffoli prorrogou na semana passada o inquérito por mais 90 dias, ignorando a posição da procuradora-geral da República, que havia enviado um documento ao STF informando que promovia o arquivamento do caso. O inquérito foi aberto por iniciativa do próprio Toffoli, que designou o ministro Alexandre de Moraes para ser o relator do processo, o que foi amplamente contestado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em documento enviado ao STF, Raquel Dodge sustentou que apenas o Ministério Público Federal pode pedir medidas cautelares como a realização de busca e apreensão. Segundo ela, houve desrespeito ao devido processo legal. A procuradora-geral da República afirmou que deveria ser respeitada a separação das funções no processo de persecução penal, em que o Ministério Público pede providências e o Judiciário as analisa, não devendo agir de ofício (espontaneamente).

Fonte: ESTADÃO.

ANALISE DA NOTICIA,

por Ricardo Noronha

O EQUIVOCO CONTINUA

É difícil imaginar o que se passa na cabeça das pessoas, em especial dos nossos (…) ministros da Suprema Corte. Segundo a Constituição Cidadã, de 1988, o STF tem papel preponderante: Guardião da Constituição. No entanto, o que se percebe é a falta de concepção, de conhecimento (pasmem, senhores! De conhecimento) jurídico, de excesso de ENDEUSAMENTO. Pior, nota-se uma corte APARELHADA pelo sistema político-partidário, com notória tendência esquerdista, haja vista a composição de seus membros, com maioria INDICADA por LULA, DILMA, TEMER e FHC. Nossos (*) ex-presidentes não estavam preocupados em DEFENDER A CONSTITUIÇÃO CIDADÃ, muito pelo contrário. O objetivo era encontrar alguém, mesmo que não tivesse um curriculum brilhando na área jurídica, para defende-los com unhas e dentes e assim evitar o andamento de processos no STF.

Mas como isto é possível em pleno poder das redes sociais?

Calando-as. Implantando a ditadura de toga. Essa não permite que jornalistas responsáveis falem das pericacias de suas excelências. É proibido FALAR A VERDADE. Esse tipo de noticia é FAKE NEWS.

O BRASIL atravessa uma crise de FALTA DE MORAL, FALTA DE ÉTICA NAS INSTITUIÇÕES PAGAS COM DINHEIRO PUBLICO, CORRUPÇÃO IMPREGNADA, ainda assim os senhores ministros, com raríssima exceção, acreditam que essa PAUTA FAKE NEWS CONTRA O STF é mais importante que COMBATER A CRIMINALIDADE, proposta pelo digno SÉRGIO MORO.

Eu estou ficando velho, burro já passei da idade.

*Ricardo Noronha é jornalista e apresentador do SOS BRASILIA.

COMPARTILHE AGORA:

Leia também