Mitos, querubins e gurus

*Gen. Paulo Chagas,
colunista convidado especial/SOS BRASILIA

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A principal vulnerabilidade da recente conquista política do pensamento liberal-conservador no Brasil é ter alimentado, por conveniência eleitoral, a percepção de que Jair Bolsonaro seria um MITO. 

O entusiasmo popular atribuiu ao Presidente a imagem de um milagreiro, sobrevivente de uma tentativa de assassinato, protegido por querubins conduzidos pela orientação de um guru. 

Assim, o povo deixa-se fascinar pela expectativa da realização de um milagre que salvará a todos e se esquece, momentaneamente, da herança maldita deixada por décadas de outras ilusões e outros deslumbramentos.

Enquanto isso, no campo da realidade, os ministérios estão muito bem conduzidos (nem todos, é claro), mas a equipe palaciana (por conta da crença na adoração mitológica e das vaidades, invejas e ciúmes pessoais de querubins e gurus) deixa-se envolver em fofocas que inibem a harmonia e a conjunção de esforços do governo como um todo.

O Presidente Bolsonaro precisa convencer urgentemente o povo e a si mesmo de que não é uma entidade caída dos céus e entender, de uma vez por todas, que a essência da governança não é a intuição pessoal nem tampouco a aclamação popular ou as “piruadas” de uma meia dúzia de puxa-sacos e desvairados.

Para o bem do governo e do futuro do Brasil, o Presidente precisa aprender a distinguir assessores de bajuladores, comprometidos de interesseiros, sinceridade de hipocrisia, vaidade pessoal de interesse público e realidade de ilusão!

É a minha opinião! Opinião de quem tem compromisso com o sucesso da proposta de governo na qual votou e para a qual fez campanha.

*Gen. Paulo Chagas, colunista convidado especial/SOS BRASILIA

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