Palmeiras e Flamengo concentram quase um quarto das receitas dos maiores clubes brasileiros

Empresária Leila Pereira e o presidente Maurício Galiotte, do Palmeiras — Foto: Jales Valquer / Framephoto / Estadão Conteúdo

Segundo estudo, paulistas e cariocas somam R$ 1,19 billhão em arrecadação em 2018 e se descolam de rivais no investimento em atletas

Por Leonardo Lourenço — São Paulo

Palmeiras e Flamengo concentraram praticamente um quarto das receitas somadas de 27 dos principais clubes de futebol do país. Em 2018, eles acumularam R$ 1,190 bilhão, equivalente a 23% dos R$ 5,162 bilhões arrecadados.

O Palmeiras foi quem teve a maior receita no ano passado, com R$ 654 milhões, seguido pelo Flamengo, com R$ 536 milhões. São Paulo (R$ 399 milhões) e Corinthians (R$ 389 milhões) aparecem na sequência, mas já distantes dos dois primeiros.

Os números constam em estudo anual realizado pelo banco Itaú BBA divulgado nesta terça-feira, em São Paulo. O levantamento considera os balanços de 2018 publicados pelos clubes neste ano.

Ranking de receitas dos clubes brasileiros — Foto: Reprodução
Ranking de receitas dos clubes brasileiros — Foto: Reprodução

Ranking de receitas dos clubes brasileiros — Foto: Reprodução

A análise se dá nas contas dos participantes da Série A – exceção ao CSA, que não revelou as informações, segundo o banco –, além de América-MG, Criciúma, Coritiba, Figueirense, Paraná, Ponte Preta, Sport e Vitória.

Empresária Leila Pereira e o presidente Maurício Galiotte, do Palmeiras — Foto: Jales Valquer / Framephoto / Estadão Conteúdo

Empresária Leila Pereira e o presidente Maurício Galiotte, do Palmeiras — Foto: Jales Valquer / Framephoto / Estadão Conteúdo

A capacidade de arrecadação se refletiu nos investimentos dos clubes. O Palmeiras foi o clube que mais gastou na contratação de novos atletas no ano passado, R$ 198 milhões. O Flamengo, R$ 135 milhões. O Cruzeiro, terceiro nesse ranking, gastou R$ 73 milhões – uma diferença de R$ 125 milhões para o atual campeão brasileiro.

– A gente começa a ver um descolamento absurdo entre os clubes – afirmou César Grafietti, que coordena o estudo.

Para demonstrar isso, a análise aponta que a geração de caixa – resumidamente, a diferença entre a receita e os custos – desses 27 clubes se torna negativa quando excluídos Palmeiras e Flamengo desta conta. Esses dois clubes são responsáveis por 35% do total de geração de caixa.

Arrascaeta, Gabigol e Bruno Henrique: três reforços de peso do Flamengo em 2019 — Foto: ANDRÉ DURÃO
Arrascaeta, Gabigol e Bruno Henrique: três reforços de peso do Flamengo em 2019 — Foto: ANDRÉ DURÃO

Arrascaeta, Gabigol e Bruno Henrique: três reforços de peso do Flamengo em 2019 — Foto: ANDRÉ DURÃO

– O impacto desses dois clubes, a capacidade gestão deles, distorce a informação quando a vejo no todo – disse Grafietti.

– A tendência é (essa diferença) aumentar. Lembrando que a (receita de) TV hoje tem produtividade, com (pagamento por) desempenho. A tendência é eles (Palmeiras e Flamengo) se destacarem, vão ter mais conquistas e mais jogos transmitidos na TV. Essa distância tende a aumentar – reforçou.

Apesar de parecer óbvio, ter dinheiro é determinante para a conquista de título – ainda que no futebol as zebras sejam recorrentes.

Nos dois últimos Campeonatos Brasileiros, oito dos dez clubes com maiores receitas e custos terminaram o torneio entre os dez primeiros.

Fonte: Globo Esporte

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