ACABAR A MULTA DO FGTS PARECE UMA INSANIDADE. SERÁ?

Por: Renato Riella
Renato Riella

A principal causa do desemprego no Brasil se chama “multa do FGTS”.

Sem estudos prévios, o Presidente Bolsonaro falou sobre isso e voltou atrás. Ficou com medo das reações.

Mas a verdade é que, cada vez mais, os empresários estão contratando menos trabalhadores por causa dessa barbaridade – que quebra qualquer empresa.

Se você não conhece o assunto, vou explicar didaticamente.

Digamos que você tem um pequeno negócio, com apenas um empregado, e este ganha R$ 1 mil por mês.

A cada ano, este empregado tem acumulado no seu FGTS o valor de um salário: R$ 1 mil.

Em dez anos, o FGTS do empregado junta R$ 10 mil.

Quando você precisar demitir este empregado, ele receberá automaticamente os R$ 10 mil do FGTS e mais a multa de 40%, a ser paga por você, o empregador.

Na demissão, o pobre empregador, quebrado, vai pagar férias acumuladas, aviso prévio, 13% proporcional e mais R$ 4 mil pela multa do FGTS. Ser for dono de um negócio bem pequeno, não dá conta de pagar esta fortuna.

Muita gente no Brasil aprendeu. Só deixa o empregado no emprego por dois anos, para não acumular uma multa alta do FGTS. Demite logo.

E muita gente também está evitando contratar empregados.
Por isso, o informal cresce demais.

E cresce a figura da Pessoa Jurídica (PJ). Empresas diversas exigem que o trabalhador abra uma pequena empresa de prestação de serviços, fazem contrato com esta empresa e evitam assinar a Carteira Profissional. Assim, fogem dos encargos sociais, que tornam inviável o emprego no Brasil.

Sem explicar nada, Bolsonaro abriu discussão sobre a multa de 40% do FGTS. Claro que tomou pau de todo lado.
Mas é assunto a ser rediscutido.

Enquanto tivermos mantida a multa de 40% do FGTS não teremos empregos.

Mas é difícil mudar. A chamada esquerda, dominada pelo discurso sindical, não entra nesta discussão.

E o Brasil que se ferre. 

RENATO RIELLA

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