Que tal um banco de saúde para dar um basta aos planos usurpadores?

Por: Lino Tavares
foto/arte: revide.com.br

 Por Lino Tavares*, especial para o sosbrasilia.com.br

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Num país onde o foco do governo se volta 80% aos interesses do estado e apenas 20% aos dos cidadãos, proliferam entidades que se locupletam às custas do dinheiro do povo, sem que os poderes constituídos tomem medidas eficazes que coíbam tais formas de usurpação popular exercidas sob o resguardo da lei. Uma dessas instituições são os planos de saúde, que cobram mensalidade elevadas e nem sempre cumprem com o dever de proporcionar assistência médica e hospitalar à altura do que é cobrado.

   Diferentemente de um seguro de vida ou de um fundo de previdência privada, os planos de saúde não têm custos relativos aos a seus associados ou familiares, no pós morte, desfrutando da vantagem de ficar com todo o montante das mensalidades pagas, ainda que o contribuinte falecido tenha utilizado minimamente a cobertura médica e hospitalar teoricamente proporcionada pela entidade. É óbvio, que sendo instituições empresariais os planos de saúde existem para ter lucro, mas bem que o poder público poderia evitar tal lucratividade numa área tão sensível como a da saúde pública.

   Pensando nisso, me perguntei outro dia se não seria mais justo e útil para a população que o governo criasse um Banco destinado exclusivamente ao financiamento de tratamentos de saúde, cujos empréstimos seriam pagos com baixa taxa de juros e em suaves prestações, haja vista tratar-se de uma entidade financeira sem fins lucrativos. Tais prestações seriam iguais ou até menores do que a mensalidade paga aos planos de saúde, com a vantagem de terem prazo de duração limitado, diferentemente desta última que é uma despesa morta para o resto da vida, gerada pela presunção de gastos com saúde que, em grande parte dos casos, jamais acontecem.

    O simples fato de saber-se que o lucro elevado dos planos de saúde enriquece os empresários do ramo com dinheiros que poderia ser canalizado para ampliar a assistência médica e hospitalar à população já justificaria, por si só, uma medida dessas. Zelar pela economia do povo é um dos deveres mais sagrados do estado. 

*Lino Tavares é jornalista

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