Lino Tavares/sosbrasilia – Esporte
Estamos nos aproximando do final do primeiro turno do Brasileirão e não se tem a mínima ideia de quem vai ser o campeão brasileiro de 2019. A rigor, ninguém se credenciou ainda para essa conquista outrora tão cobiçada e hoje nem tanto, uma vez existir entre seus participantes equipes que disputam jogos com atletas reservas, poupando seus titulares para confrontos da Libertadores e até mesmo da Copa do Brasil.Depois que o Palmeiras desmentiu aqueles que o apontavam meses atrás como virtual campeão, caindo vertiginosamente de produção, equipes que antes não vinham bem no certame melhoraram um pouco seu padrão de jogo, aproximando-se do super time de Felipão e até ultrapassando-o, como o Santos que teve um salto de qualidade e assumiu a liderança isolada da competição.Mas o peixe, que se manteve na ponta da tabela 3 pontos à frente do Palmeiras, que empatou em casa com o Bahia em 2 a 2, está longe de poder ser apontado como o mais provável campeão brasileiro da temporada.
É um bom time muito bem orientado tecnicamente por Jorge Sampaoli, mas não possui um elenco qualificado com peças de reposição quantitativamente suficientes para manter o atual nível de rendimento ao longo das 24 rodadas restantes desse Brasileirão. À luz das posições ocupadas na parte de cima da tabela e do futebol que vêm praticando, os principais candidatos a levantar a taça de campeão são, além do Santos que lidera o certame, o Palmeiras, o Flamengo, o Atlético Mineiro e, correndo por fora, o São Paulo, que está 3 pontos atrás do Galo, mas tem um jogo a menos. Tão indefinida quanto a candidatura à conquista do Brasileirão deste ano é a disputa de vagas no G-4, que dá acesso direto à Libertadores, e no G-6, que garante presença de dois clubes brasileiros na fase preliminar do torneio continental. Nessa briga figuram Corinthians, Botafogo, Internacional, Ceará, Bahia e Atlhético Paranaense. Com permanência praticamente assegurada na Série A de 2020, disputando presença tão somente na Copa Sul-Americana do ano que vem, estão Fortaleza, Goiás, Grêmio e Vasco. Lutando desesperadamente para não cair para a Série B, aparecem Fluminense, a um passo do Z-4, Cruzeiro, Chapecoense, CSA e Avaí, estes quatro mergulhados momentaneamente na zona da degola.
Se por um lado torna-se temerário arriscar um palpite acerca do eventual campeão brasileiro deste ano, por outro já é possível apontar com clareza o clube que mais decepciona na presente temporada, considerando sua grandeza e sua história vitoriosa nesse tipo de competição. Refiro-me – é fácil perceber – ao Cruzeiro do demissionário Mano Menezes, que entristece sua torcida estacionado na zona de rebaixamento, eliminado da Libertadores e precisando vencer o Inter no Beira-Rio com diferença de 2 gols – tarefa dificílima – para não dar adeus, também, à Copa do Brasil de 2019. O único fio de esperança que ainda perdura nas hostes cruzeirense, a essa altura dos acontecimentos, repousa na possibilidade de um eventual milagre no jogo de volta da Copa do Brasil, motivado quem sabe pela presença de Rogério Ceni no comando técnico do time. Se isso não acontecer, tudo o que restará à essa Raposa fragilizada, neste ano de “vacas magras”, será lutar bravamente para não cair pela vez primeira para a 2ª divisão, o que seria um completo desastre para esse clube que, ao lado de São Paulo, Flamengo e Santos, jamais experimentou tal dissabor.
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