Por Matheus Venzi/sosbrasilia
Nos últimos anos, o número de pessoas que procuram morar e empreender fora do Brasil cresce cada vez mais. De acordo com dados da Receita Federal, somente nesta década o registro de pessoas que deixaram o país quase triplicou.
Há oito anos, em 2011, 8.170 pessoas saíram Brasil para viver fora. Já em 2018, foram 22.538 pessoas que deixaram a terra natal para ter melhores oportunidades no exterior. Boa parte desses brasileiro levaram consigo projetos de empreendedorismo para executar em seu novo lar.
Segundo o levantamento mais recente do Ministério de Relações Exteriores do Brasil (MRE), já são mais de 20 mil micro e pequenos empreendedores brasileiros vivendo formalmente fora daqui. O principal destino e os Estados Unidos, que concentra 9 mil empresários, seguido de Japão, com 1,5 mil e França, com 1,3 mil.
Para seguir a tendência da internacionalização, um grupo de empresas do Brasil fundou o Global Business Institute (GBI), que tem o objetivo de impulsionar os projetos brasileiros nas maiores economias do mundo. No território americano, por exemplo, é preciso desenvolver uma inteligência de mercado confiável para que o negócio prospere.
“Ter sucesso no Brasil não é garantia de sucesso mundial e essa é uma realidade que muitos empresários brasileiros custam a aceitar. Nos últimos anos presenciamos inúmeros casos de tradicionais empresas brasileiras que tentaram expandir seus negócios em nível internacional e que fracassaram por tentar fazer com que o consumidor internacional se transformasse em um consumidor brasileiro”, alerta Antonio Miranda, diretor de Marketing do GBI.
Mesmo assim, o CEO da GBI, Manoel Suhet, acredita que ideias inovadores têm o potencial de dar certo em qualquer lugar. “A criatividade do brasileiro transpõe fronteiras. Nos EUA, por exemplo, temos casos de empreendedores que apostaram na inovação e não teriam o mesmo sucesso caso estivessem no Brasil. Essa visão de internacionalização do negócio somente um profissional pode auxiliar o empreendedor a ter. Não existe fórmula mágica. Mas planejar é sim, o primeiro passo”, conclui.Área de anexos
Foto/Reprodução/Shutterstock
