Presidente dos Estados Unidos tem grande interesse nos recursos naturais e importância geopolítica do território Dinamarquês
Laísa Lopes/SOS Brasília
Donald Trump consultou seus assessores sobre a possibilidade de os Estados Unidos comprarem a Groenlândia – maior ilha do mundo e território autônomo dinamarquês, revelaram duas fontes próximas do Presidente ao Wall Street Journal, nesta quinta-feira (15/8).
Os EUA têm interesse nas reservas naturais e posição geopolítica da região. O país mantém uma base militar na ilha, com aproximadamente 600 pessoas. Mas a ideia de Trump não agradou os políticos da região.
“Deve ser uma piada de primeiro de abril”, escreveu o ex-primeiro-ministro da Dinamarca Lars Rasmussen, em sua conta no Twitter.
Soren Espersen, porta-voz de assuntos estrangeiros do Dansk Folkeparti (Partido do Povo Dinamarquês) declarou: “A ideia de a Dinamarca vender 50 mil cidadãos para os Estados Unidos é completamente ridícula”.
Essa não é a primeira tentativa americana de adquirir o território. Em 1946, o ex-presidente Harry Truman ofereceu 100 milhões de dólares à Dinamarca, mas o país recusou a proposta.
A Groenlândia tem aproximadamente 2,6 milhões de quilômetros quadrados, mas 80% de seu território é coberto por gelo. Os habitantes, que somam cerca de 57 mil pessoas, vivem em áreas litorâneas e na capital, Nuuk. Apesar de possuir um governo autônomo, a Dinamarca ainda é a responsável pela defesa e assuntos estrangeiros da ilha.
No dia 2 de setembro, o presidente norte-americano fará uma visita oficial à Dinamarca. Estima-se que ele discutirá a chance de negócio com a primeira-ministra Mette Frederiksen.
Apesar da intenção de Donald Trump, a Casa Branca não emitiu nenhuma declaração oficial e a embaixada dinamarquesa em Washington não comentou o caso.