COPA DO BRASIL PODE SER EXCLUSIVIDADE DOS PAMPAS NA DECISÃO

Por: Lino Tavares
Foto: UOL

Por Lino Tavares /sosbrasilia

Tal como Juan Domingo Perón e Getúlio Vargas, que não se deram bem no retorno ao poder, Felipão deixa o Palmeiras de forma melancólica, depois de ter conseguido, nesse “segundo mandato”, um relativo sucesso como treinador. O insólito nesse mister futebolístico é que um clube do nível do Palmeiras perde um treinador em função de ter frustrado as expectativas de conquistas de sua torcida e contrata para o lugar dele outro que saiu da equipe que comandava por idêntica razão. Refiro-me, é claro, à contração de Mano Menes como substituto de Felipão na direção técnica do Palmeirense, como está sendo noticiado.  Analisando os prós e contras dos dois técnicos nos times que vinham comandando, chega-se à conclusão de que Luiz Felipe Scolari fez muito mais no Palmeiras do que aquilo que Mano Menezes conseguiu fazer dirigindo o Cruzeiro tecnicamente.Tanto na Libertadores quanto no campeonato brasileiro, o time paulista treinado por Felipão realizou voos mais altos do que a equipe mineira dirigida por Manos Menezes.A única competição em que a Raposa conseguiu ir um pouquinho além do que o alviverde da pauliceia foi a Copa do Brasil, mas até nisso Mano Menezes deixou a desejar, já que ainda sob seu comando o Cruzeiro perdeu o jogo de ida em casa, deixando a seu substituto Rogério Ceni uma batata quente para descascar amanhã no Beira-Rio lotado.  Aliás. por falar nesse jogo, arrisco dizer aqui que ele deve representar “uma prova de fogo” para o técnico colorado Odair Hellmman, que ficou no fio da navalha depois da eliminação na Libertadores, diante do Flamengo. A delicada situação do treinador acontece menos pela eliminação em si e mais pela forma como ocorreu,  já que tanto no jogo de ida, quando levou 2 a 0, quanto no de volta, que mal conseguiu empatar em 1 a 1, o colorado gaúcho não revelou um padrão de jogo minimamente capaz de convencer.  Não é crível que a direção colorado venha a suportar a pressão da torcida, pedindo a trocar de treinador, caso o Internacional permita que o novo Cruzeiro de Rogério Ceni reverta a situação desfavorável, nessa disputa, despachando o adversário gaúcho da Copa do Brasil, em pleno Beira-Rio Lotado. No contexto geral, um eventual “desastre” colorado nesse jogo de volta poderia ter como agravante, a par da eliminação em si, a culpa por haver frustrado a expectativa dos gaúchos, no sentido de vivenciarem, pela primeira vez na história, um clássico Gre-Nal decisivo de âmbito nacional.  A menos que,  no jogo disputado momentos antes na Arena da Baixada, em Curitiba, o Grêmio tenha frustrado essa possibilidade de Gre-Nal decisivo, permitindo  que o Athetico Paranaense  tenha revertido, com diferença de 3 gols, a derrota de 2 a 0 que sofreu no confronto de ida em Porto Alegre, o que convenhamos é pouco provável.Finalizando,  volto a me reportar sobre as trocas de treinadores abordadas no contexto inicial, declinando uma ideia que me ocorreu relacionada à hipótese de queda do técnico Odair Hellmann motivada por uma eventual eliminação colorada diante do Cruzeiro. Consiste em dizer que essa suposta “tragédia” no Beira-Rio, caso aconteça,  poderá representar um caminho aberto de novo emprego para Felipão, que seria possivelmente um dos primeiros nomes a serem lembrados para assumir a direção técnica do esquadrão colorado. Fale com nosso comentarista Lino Tavares 

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