Por LINO TAVARES

Colorado faz 3 a 0 no Cruzeiro e pega o Athletico PR na final da Copa do Brasil

 Confesso que nunca tinha visto o Grêmio jogar tão mal e se deixar encurralar de forma tão covarde e pusilânime como aconteceu nesta quarta-feira, na Arena da Baixada, frente ao Athletico Paranaense, no jogo de volta da Copa do Brasil. Ao longo de sua história gloriosa o tricolor dos Pampas já foi dominado por adversários em vária ocasiões e e em diversos tipos de competições, mas da maneira como aconteceu nessa jornada infeliz de Curitiba não tenho na lembrança nada sequer parecido. A pergunta que não quer calar é “o que aconteceu com o time de Renato nesse jogo, que simplesmente ficou cristalizado em campo durante os 90 minutos de jogo, como se seus jogadores tivessem congelado atuando sob uma temperado de -50°, quando a temperatura da capital paranaense era de aproximadamente 12°.A torcida do Furacão sequer lotou o belo estádio de seu clube, porque certamente uma grande parcela dela sequer acreditava que o rubro-negro paranaense pudesse reverter o 2 a 0 sofrido no jogo de ida, em Porto Alegre, roubando-lhe o direito de decidir o título do torneio. A apatia gremista era tamanha, que nem o técnico Renato Portaluppi denotava um mínimo de reação à beira do gramado, no sentido de corrigir o futebol horroroso de seu time, com aquela agitação costumeira que lhe é tão peculiar em momentos difíceis como aqueles.  O Grêmio era amplamente dominado pelo time dono da casa e o técnico gremista parecia acomodado,  como se os 2 gols de vantagem que seu time levou para a segunda metade desse confronto de 180 minutos representassem um placar tão irreversível que nem era preciso fazer mais  para para garantir a classificação.Que explicação Renato tem para dar à torcida, depois de permitir essa virada histórica do Atthletico PR, insistindo com um centroavante pífio como André, que só foi substituído para ceder lugar a David Braz, a fim de suprir o desfalque ocorrido no sistema defensivo devido à expulsão de Kannemman ? Afora as substituições forçadas, como essa da expulsão e a entrada de Galhardo no lugar de Leonardo Gome, que saiu lesionado, o treinador gremista arriscou apenas substituir Jean Pyerre, que não jogava bem, por Thacinano, sem nenhum efeito positivo. Rômulo mostrou desde os primeiros minutos de jogo que não tinha futebol para ocupar o lugar de Maicon, que ficou fora da partida por problemas físicos,Aproveitando-se disso e da má atuação de Jean Pyerre, o Athletico tomou conta do meio de campo, sem que Matheus Henrique, praticamente sozinho no setor, pudesse fazer algo para evitar o predomínio atleticano. Todos viam isso com clareza, menos Renato que sequer tentou mais substituições para dar um alento ao claudicante esquadrão gremista que dormia em berço esplêndido na grama sintética sob o “manto protetor” da cobertura da Arena da Baixada.Ao invés de colocar sangue novo, tentando dar outra fisionomia ao time , Renato deu-se ao luxo de manter no banco jogadores do nível de Luan, Michel e Diego Tardelli, que sequer foram cogitados como possível solução para os momentos aflitivos vividos por sua equipe dentro as quatro linhas. A derrota de apenas 2 a 0 sofrida pelo Grêmio no tempo regulamentar foi altamente lucrativa para o time visitante, que merecia ter sido eliminado não na cobrança de pênaltis, onde se fez justiça, mas no decorrer dos 90 minutos quando foi amplamente domingado, escapando por sorte de sofrer uma goleada semelhante à que aplicou no Internacional, no histórico Gre-Nal de 5 a 0.Pior do que a eliminação na Copa do Brasil foi a péssima impressão passada pelo time gremista à sua torcida, que certamente já deve estar imaginando que sem uma melhoria substancial em seu padrão de jogo a chance do Grêmio passar pelo Flamengo nas semifinais da Libertadores é bastante reduzida e, ainda que consiga isso, a conquista do tetra no torneio continental passa a ser um sonho quase impensável. Para desencanto ainda maior dos gremistas, o Internacional fez sua parte no Beira-Rio, passando fácil pelo Cruzeiro de Rogério Ceni, confirmando a vitória do jogo ida com um folgado 2 a 0 nessa partida de volta realizada no Beira-Rio. Mesmo com a virada história do Athletico Paranaense, massacrando o Grêmio em sua Arena, não faço rodeios para dizer aqui que o Internacional é favorito nessa decisão da Copa do Brasil, independente de onde venha a acontecer o jogo decisivo, apontado pelo sorteio desta quinta-feira. O colorado gaúcho tem mais time do que o Furacão, como ficou provado na indiscutível vitória que obteve em cima da Raposa, ganhando os dois jogos com autoridade e determinação diante de um time que, mesmo sem viver um bom momento, possui uma das mais qualificada esquipe do país. Tudo está a indicar que o Internacional deu um passo gigante com essa classificação para a final da Copa do Brasil, no sentido de quebrar o longo jejus de títulos relevantes que tanto tem castigado sua torcida nos últimos anos.  Fale com nosso comentarista Lino TavaresContatos, redes sociais e mídia: [email protected] – https://twitter.com/jornalino –  whatsapp – (55)981032575Foto: UOL