Por Getúlio Romão Campos*
O Brasil só vai se tornar um país de primeiro mundo se atacar de frente o corporativismo da elite dos Funcionário Públicos.
Em países de primeiro mundo, dou como exemplo os Estados Unidos onde o menor e maior salário é de 5 X, ou seja, entre o salário mínimo e o salário máximo é de 5 vezes, mas a média é de 3x. Um Professor para o ensino básico podem ter salários que variam entre US$ 9,99 e US$ 31,53 por hora trabalhada, mas a média se mantem em US$ 16,27/hora.
Nos EUA um juiz federal ganha o equivalente a 3,6 vezes a renda média nacional (US$ 57.617,00 por ano), segundo dados do censo americano.
Já no Brasil, o salário médio do magistrado representa 19,8 vezes a renda média do brasileiro de acordo com a Pnad do IBGE: R$ 2.149 por mês, ou R$ 27.937 anuais, sem contar os pendurico .
No Brasil esta diferença é de 39 vezes entre o salário mínimo e um Ministro do Supremo. Tem que haver um congelamento no topo e melhorar a base. Só assim caminharemos para um país justo com distribuição de renda.
Recentemente o Correio Braziliense tratou do assunto, mas superficial, pois nenhum ocupante do Planalto conseguiu fazer por completo, acabar com a enorme diferença de rendimentos entre os mais pobres e os mais ricos do país.
Eu, como parte do povo, dou minha sugestão para que isto possa ser implantado e em menos de 10 anos chegarmos próximo países de primeiro mundo.
Se a nossa Constituição diz que todos são iguais perante a lei vai facilitar a implantação.
O governo ao dar aumento para todos os funcionários públicos, seja do executivo, judiciário, militar, decrete que o aumento será em valor fixo.
Todos os funcionários terão um aumento FIXO de R$ 300,00. Assim quem ganha um salário mínimo terá um aumento gigante de 30%.
Quem ganha na média R$ 3.000,00, o aumento será o equivalente a 10%. Um profissional de curso superior que ganha aproximadamente R$ 10.000,00, o aumento será o equivalente a 3%, próximo a inflação anual, mas quem ganha no topo R$ 30.000.00, o aumento representará apenas 1%, aumento inferior a inflação.
Ninguém poderá reclamar que o aumento foi pouco, pois foi igual para todos.
Repetindo isto ao longo de 10 anos acabaríamos a desigualdade salarial.
Os funcionários da base da pirâmide, teriam o que comemorar, pois o aumento da renda seria visível, sobrando para se alimentar melhor, comprar itens que não faziam parte dos seus gastos.
Com o governo dando o exemplo, é quase certo que a iniciativa privada faça semelhante.
O governo ou uma grande empresa privada com milhares de funcionários, teria de dosar o impacto na folha salarial e ver qual o valor fixo, cujo resultado ficaria próximo ao que seria dado em porcentagem geral.
O Brasil, caminharia para ser mais justo e igual.
O governo tem que dar um passo para tornar isto realidade.
*Getúlio Romão Campos é fotografo, empresário, corretor de imóveis e colunista especial do SOSBRASILIA.COM.BR