Dados são de levantamento do IBGE. Ainda segundo pesquisa, negros ganham apenas metade do que recebem brancos na capital.
Por G1 DF
As folhas de pagamento dos meses de maio e junho, e a primeira parcela do 13º salário, devem injetar mais de R$ 663 milhões na economia local, segundo a prefeitura — Foto: Tuno Vieira/Arquivo
A desigualdade salarial entre os mais ricos e os mais pobres no Distrito Federal é uma das maiores do país, mostra um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado na última semana. Na capital, os 10% com maiores rendimentos ganham 15,8 vezes mais que os 40% com menor renda.
- Os dados fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) do IBGE. Segundo o levantamento, a diferença entre a camada mais rica e a mais pobre no DF é a quarta maior do país. Brasília está atrás apenas de:
- Belém (PA): 21,3 vezes
- Vitória (ES): 19,3 vezes
- João Pessoa (PB): 19,1 vezes
O índice da capital também é maior que a média nacional. Em todo o Brasil, os mais ricos ganharam no ano passado, em média, 13 vezes mais que os mais pobres.
Composição racial
Ainda de acordo com o levantamento, há uma grande disparidade nos salários de brancos e negros no DF.Rendimento domiciliar per capita médio no DF, por sexo e cor ou raçaR$HomemMulherBrancoPardoPretoPreto ou pardo15001750200022502500275030003250Fonte: IBGE
Entre a camada da população com maiores rendimentos, 61,1% se declararam brancas. Já entre os 10% das pessoas com as menores rendas, 72,2% afirmaram ser pretas ou pardas.
- No ano passado, segundo o estudo, os negros ganharam apenas 53% do rendimento médio dos brancos.
Renda e emprego
A SIS mostra ainda que, em 2018, o rendimento médio dos moradores do DF foi o mais baixo desde 2012. O valor ficou em R$ 2.407. Mesmo com a queda, a capital mantém a maior renda per capita média de todo o país.
Segundo a pesquisa, os homens ganham 1,4 a mais que as mulheres. Já os brancos ganham 1,5 a mais que os pretos e pardos.
As pessoas com mais de 60 anos de idade têm rendimento médio 2,4 vezes maior que jovens entre 14 e 29 anos.
Trabalhadores em empregos formais ganharam no ano passado, em média, duas vezes mais que os ocupantes de cargos informais. Entre os profissionais com carteira assinada, 73,3% são homens e 74% são brancos.
Fonte: G1/DF