Bolsonaro recebe presidente da China no Itamaraty antes de cúpula de líderes do Brics

Bloco que também conta com Rússia, Índia e África do Sul tem reunião de chefes de Estado e de governo. Bolsonaro e Xi Jinping se reuniram em outubro, durante visita do brasileiro à China.

O presidente Jair Bolsonaro recebeu na manhã desta quarta-feira (13), em Brasília, com o presidente da China, Xi Jinping. O político asiático está na capital federal para participar da 11ª reunião de cúpula do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O presidente chinês chegou ao Itamaraty às 11h08. O encontro ainda não havia terminado até a última atualização desta reportagem.

O presidente Jair Bolsonaro e o presidente da China, Xi Jinping, na manhã desta quarta-feira (13) — Foto: Reprodução/TV Brasil
O presidente Jair Bolsonaro e o presidente da China, Xi Jinping, na manhã desta quarta-feira (13) — Foto: Reprodução/TV Brasil

A programação do encontro do bloco, composto por países de economias consideradas emergentes, prevê compromissos nesta quarta e quinta-feira, com um fórum empresarial do Brics e reuniões dos chefes de Estado e de governo dos cinco países.

Além de Xi Jinping, Bolsonaro terá reuniões no Palácio do Planalto com os outros líderes que vieram ao Brasil para a cúpula:

A 11ª cúpula, com o Brasil na presidência rotativa do bloco, tem como tema “crescimento econômico para um futuro inovador”.

Segundo o Itamaraty, a cúpula do Brics discutirá o aumento da cooperação entre os países, em especial nas áreas de ciência, tecnologia, inovação, saúde e combate à corrupção e ao terrorismo.

A cúpula dos líderes do Brics ocorre em um momento de tensões nas vizinhanças dos integrantes do bloco, a exemplo do Brasil, que tenta ampliar a pressão contra o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, e que disse estar disposto a colaborar com a transição de poder na Bolívia após a renúncia de Evo Morales, pressionado pelas Forças Armadas.

Brasil e China

Bolsonaro e Xi Jinping se encontraram no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores. O local receberá as sessões fechadas e plenária da cúpula do Brics, marcadas para a manhã de quinta.

O encontro desta quarta foi o segundo entre Bolsonaro e o presidente chinês em menos de um mês. Bolsonaro esteve com Xi Jinping na China em outubro, quando fez uma viagem de duas semanas por Ásia e Oriente Médio.

Durante a visita à China, Bolsonaro classificou de país capitalista, embora seja governado desde 1949 pelo partido comunista. O presidente anunciou que pretende isentar chineses e indianos de visto de turismo e negócios.

Brasil e China assinaram, na oportunidade, acordos para intensificar as relações comerciais, estimulando, por exemplo, o intercâmbio de estudantes e investimentos no setor energético, além da exportação de produtos como carne bovina termo-processada e farelo de algodão, usado como ração animal.

Com uma política externa afinada com os Estados Unidos e após declarações polêmicas no período eleitoral, como a sugestão de que a China não deveria comprar o Brasil, e Bolsonaro adotou tom mais pragmático nas relações com o país asiático.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil, à frente dos Estados Unidos, país com o qual trava uma guerra comercial. Assim, Bolsonaro procura incentivar investimentos chineses no Brasil nas áreas de infraestrutura e ampliar as exportações de produtos agrícolas.

No caso da exploração do pré-sal, as empresas chinesas entraram no consórcio com a Petrobras para arrematar um bloco no recente leilão da cessão onerosa.

Fonte: Guilherme Mazui, Luiz Felipe Barbiéri e Mateus Rodrigues, G1 e TVGlobo — Brasília

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