Antes de voo, passageiros de Brasília são surpreendidos com história de mulher que venceu câncer de mama duas vezes

Foto: Carolina Cruz/G1

Campanha faz parte do ‘Outubro Rosa’ nos aeroportos. Cerca de mil pessoas, por dia, têm ouvido relatos como o de Cleonice Antunes; conheça a história dela.

Minutos antes de levantar voo, passageiros que embarcam no Aeroporto de Brasília estão conhecendo histórias de mulheres que superaram o câncer de mama. A campanha é parte do “Outubro Rosa” e pretende, ao mesmo tempo, fazer um alerta e mostrar que a doença pode ser vencida.

Cleonice Antunes, de 44 anos, passou duas vezes pelo problema e é uma das mulheres que agora contam um pouco da própria experiência. Ela veio de São Paulo para o Distrito Federal e surpreendeu quem viajava de Brasília para Belo Horizonte na última segunda-feira (14) ao relatar, dentro de um avião, como enfrentou o problema (veja vídeo acima).

Cleonice Antunes participa de projeto que visa compartilhar histórias de superação do câncer de mama — Foto: Carolina Cruz/G1
Cleonice Antunes participa de projeto que visa compartilhar histórias de superação do câncer de mama — Foto: Carolina Cruz/G1

Em Guarulhos, Cleonice trabalha como líder de carga em uma empresa aeroportuária. A paulista é uma entre outras sete mulheres que estão viajando o país com a missão de aproximar as pessoas da doença (saiba mais abaixo).

“Muitas vezes as pessoas acham que [o câncer] não vai acontecer, mas nós somos exemplos da importância do diagnóstico precoce”.”

O diagnóstico de Cleonice foi confirmado aos 36 anos de idade, faixa etária que não está no grupo de maior risco. Além disso, ela afirma não ter histórico de câncer na família.

Cleonice Antunes viaja o país para falar sobre câncer de mama; ela teve a doença duas vezes
Cleonice Antunes viaja o país para falar sobre câncer de mama; ela teve a doença duas vezes

“Eu fui diagnosticada precocemente graças a minha iniciativa de estar sempre no médico, de fazer o autoexame. Então, eu descobri bem no comecinho.”

O tratamento foi feito com a quimioterapia e radioterapia. Na época, ela afirma que se manteve positiva todo o tempo.

“Para mim, não tinha outra hipótese. Eu sabia que ia ficar tudo bem. Eu só queria que tudo passasse o quanto antes.”

Os médicos chegaram a afirmar que Cleonice estava livre do câncer, mas quatro anos depois do primeiro diagnóstico, o tumor voltou em outra mama. Desta vez, ela precisou fazer mastectomia (veja vídeo acima).

A paulista Cleonice Antunes foi diagnosticada com câncer de mama em 2011 — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
A paulista Cleonice Antunes foi diagnosticada com câncer de mama em 2011 — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

“É triste quando a gente sabe que vai passar por tudo aquilo de novo. Por outro lado, nós ficamos mais alertas para a a vida e damos mais valor a pequenas coisas.”

Lições compartilhadas

O projeto de contar a história para as pessoas, para Cleonice, é uma terapia. “Hoje, contar esse testemunho é libertador para mim”, conta.

A reação dos passageiros é de impacto. Eles são surpreendidos poucos minutos antes de decolar, em um momento de atenção.

“Elas se comovem, elas despertam que não fizeram o exame nos últimos anos, outras se emocionam porque estão passando por um caso parecido na família e não sabe como lidar.”

A ação nos aeroportos é realizada pela Azul Linhas Aéreas, que recrutou funcionárias da empresa que passaram pelo câncer de mama. As apresentações ocorrem durante todo o mês e cerca de mil pessoas por dia têm acesso a uma história de superação.

Fonte: Carolina Cruz, G1 DF

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