CPI do Feminicídio: a portas fechadas, Secretário de Segurança do DF é ouvido por deputados

Anderson Torres, secretário de segurança pública do DF é ouvido pela CPI do feminicídio — Foto: Arquivo pessoal

Anderson Torres pediu que audiência fosse apenas para parlamentares e assessores. Composição da CPI teve três formações desde que foi anunciada; entenda.

Por Afonso Ferreira e Rita Yoshimine, G1 DF e TV Globo

Anderson Torres, secretário de segurança pública do DF é ouvido pela CPI do feminicídio — Foto: Arquivo pessoal

Anderson Torres, secretário de segurança pública do DF é ouvido pela CPI do feminicídio — Foto: Arquivo pessoal

O Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher foi marcado, nesta segunda-feira (25), pela terceira reunião da CPI do Feminicídio. A portas fechadas, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi o primeiro a ser ouvido desde a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara Legislativa (CLDF).

O chefe da Segurança Pública se ofereceu para comparecer até a Casa. Mas não permitiu a presença de jornalistas durante o depoimento.Torres pediu que a audiência fosse apenas para parlamentares da CPI e assessores.

A formação atual da CPI é a terceira desde sua criação, em 31 de outubro e ocorre em meio a uma alta no número de feminicídios registrados no Distrito Federal. Só neste ano – entre janeiro e novembro – foram 31 casos na capital federal (veja lista no fim da reportagem).

Mudanças na CPI

Composição da CPI do Feminicídio, na CLDF, anunciada em 31 de outubro — Foto: Arte/Reprodução

Composição da CPI do Feminicídio, na CLDF, anunciada em 31 de outubro — Foto: Arte/Reprodução

No dia 31 de outubro, a CPI foi criada e os membros que comporiam a comissão anunciados:

  • Arlete Sampaio (PT)
  • Cláudio Abrantes (PDT)
  • Fábio Felix (Psol)
  • Hermeto (MDB)
  • Telma Rufino (Pros)

No entanto, o deputado Hermeto foi denunciado pela ex-companheira com base na Lei Maria da Penha. O parlamentar, que é policial militar, foi proibido de se aproximar da mulher.

No dia 5 de novembro, durante a instalação da CPI do Feminicídio, os distritais escolhidos para o trabalho foram:

  • Telma Rufino (Pros): presidente
  • Claudio Abrantes (PDT): vice-presidente
  • Fábio Felix (Psol): relator
  • Arlete Sampaio (PT): membro
  • Eduardo Pedrosa (PTC): membro
Deputados distritais que faziam parte da CPI do Feminicídio no dia 5 de novembro, na Câmara Legislativa do DF — Foto: Afonso Ferreira/ G1

Deputados distritais que faziam parte da CPI do Feminicídio no dia 5 de novembro, na Câmara Legislativa do DF — Foto: Afonso Ferreira/ G1

Mas nove dias após, a CPI perdeu a presidente. A deputada Telma Rufino (Pros), abriu mão do mandato para que o delegado Fernando Fernandes (Pros)– do qual ela era suplente – voltasse à Casa.

Com a segunda mudança, a CPI está formada pelos seguintes deputados:

  • Claudio Abrantes (PDT): presidente interino
  • Fábio Felix (Psol): relator
  • Arlete Sampaio (PT): membro
  • Eduardo Pedrosa (PTC): membro

Declaração do governador

Na última semana, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha reacendeu um debate após uma declaração. O chefe do executivo disse acreditar que esses crimes deveriam ser tratados pela imprensa da mesma forma que os suicídios 

“Assim como no caso de suicídio, eu entendo que no feminicídio, não deveria ter divulgação. Estou estudando ainda e elaborando pesquisas”, afirmou.

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Fontes: G1/DF e TV GLOBO

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