Motorista liberada pela Justiça após matar ciclista no DF confessou ter consumido álcool e cocaína, diz polícia

Carro que mulher dirigia ficou com frente destruída — Foto: Arquivo pessoal

Luzia Ferreira de Assis, de 24 anos, deve responder por homicídio doloso – quando se assume risco de matar. O padeiro Jailson Barbosa de Oliveira morreu na manhã desta segunda (27).

Por Afonso Ferreira, G1 DF

Carro que mulher dirigia ficou com frente destruída   — Foto: Arquivo pessoal

Carro que mulher dirigia ficou com frente destruída — Foto: Arquivo pessoal

A mulher de 24 anos que atropelou e matou um ciclista em Ceilândia, no Distrito Federal, confessou ter consumido álcool e cocaína antes do acidente. A informação foi confirmada pelo delegado Gutemberg Morais, que investiga o caso.

O acidente ocorreu no começo da noite de sábado (25), na DF-459. Jailson Barbosa de Oliveira, de 34 anos, ia para o trabalho e usava a ciclofaixa. Ele chegou a ser levado para o hospital, mas morreu na manhã desta segunda-feira (27).

Além de estar embriagada, Luzia Ferreira de Assis não tinha carteira de habilitação. Presa em flagrante, ela foi liberada pela Justiça sem pagamento de fiança, após audiência de custódia no domingo (26).

Segundo Gutemberg Morais, a jovem deve responder por homicídio doloso – quando o suspeito assume o risco de matar. A Defensoria Pública do DF, que representa Luzia, disse que “não se manifesta publicamente sobre a linha de defesa apresentada por investigados, a não ser que haja autorização destes”

Cinco pessoas morreram no trânsito, só no fim de semana

Cinco pessoas morreram no trânsito, só no fim de semana

Investigações

O delegado Gutemberg Morais afirma que o carro envolvido no acidente foi comprado por Luzia e o companheiro há cerca de três meses. Nenhum deles, no entanto, possui carteira de habilitação.

Ainda de acordo com o policial, mesmo com a confissão da jovem, exames vão comprovar as substâncias utilizadas por ela no dia do acidente. Após a conclusão das investigações, o inquérito deve ser encaminhado ao Ministério Público do DF, que vai decidir se apresenta denúncia.

Delegado Gutemberg Morais — Foto: Afonso Ferreira/G1

Delegado Gutemberg Morais — Foto: Afonso Ferreira/G1

Gutemberg afirma que, nessa etapa, pode pedir novamente a prisão da mulher, caso haja elementos que justifiquem a medida.

“Houve dolo. Com toda certeza é uma pessoa que oferece risco”.

A liberação da Justiça

A decisão que concedeu liberdade provisória para a motorista foi assinada pela juíza Luciana Gomes Trindade.

Para a juiza, Luzia Ferreira de Assis “não causou significativo abalo da ordem pública nem evidenciou periculosidade exacerbada”.

Ainda de acordo com a magistrada, a motorista tem “diversas condições pessoais favoráveis, como o fato de ser réu primário e possuir bons antecedentes, [e] a existência de residência fixa”.

O atropelamento

Bicicleta de ciclista atropelado no DF ficou retorcida  — Foto: Arquivo pessoal

Bicicleta de ciclista atropelado no DF ficou retorcida — Foto: Arquivo pessoal

O padeiro Jailson Barbosa de Oliveira, de 34 anos, ia para o trabalho de bicicleta e trafegava pela ciclofaixa quando foi atingido.

Após o acidente, a motorista fez o teste do bafômetro que indicou 0,51 miligramas de álcool por litro de ar expelido. Segundo a polícia, ela disse que saiu da Estrutural em direção a Ceilândia e, de lá, seguia para uma festa no Recanto das Emas.

Fonte: G1/DF

COMPARTILHE AGORA:

Leia também