RUMO AO BI OLÍMPICO. SUSTO DÁ “ADIÓS PAMPA MÍA”, ARGENTINA ABRE ALAS E BRASIL VAI A TÓQUIO

Por: Lino Tavares
Foto: UOL

Por Lino Tavares /Redação SOS Brasilia/Esporte

Canarinho Sub-23 aplica 3 a 0 na Argentina e carimba o passaporte para a Olimpíada 2020

Canarinho Sub-23 aplica 3 a 0 na Argentina e carimba o passaporte para a Olimpíada 2020

A exemplo do que aconteceu com nossa seleção principal nos jogos eliminatórios para a Copa de 2018, que estava afundando nas mãos do Dunga e se recuperou sob o comando de Tite, nossa equipe sub-23 pregou um susto nesse torneio Pré-Olímpico ao ficar dependendo de uma vitória sobre a rival Argentino para garantir o direito de ir a Tóquio tentar o bi olímpico de futebol.  Felizmente tudo não passou de um susto. O técnico André Jardine teve a coragem e o bom senso de mexer no time, conferindo-lhe uma nova conformação tática, surpreendendo “los hermanos”, que não esperavam por isso em razão dos dois últimos resultados pífios do onze canarinha. Taticamente bem constituído e em noite de atletas inspirados, como Paulinho e Matheus Cunha, e uma defesa bem postada que não sentiu a ausência do zagueiro Nino, suspenso, o time brasileiro armou um “pega ratão” para cima da equipe adversária, atraindo-a para o seu campo, mas sustentando uma aguda opção ofensiva à base do contra-ataque.  Entrando em campo com pose de campeões invictos do torneio, os jogares argentinos descuidaram-se na marcação e pagaram caro por isso, permitindo que o time brasileiro abrisse o placar aos 12 minutos de jogo, através de uma investida fulminante de Paulinho que achou o caminho das redes depois de receber um passe precioso de Pedrinho. De certo modo surpreso com o volume de jogo do esquadrão brasileiro, o  técnico argentino exigiu mais ofensividade no ataque, na busca de um possível empate ainda no primeiro tempo, mas nada de positivo aconteceu.  Muito pelo contrário, a extrema retaguarda argentina tornou-se ainda mais vulnerável chegando ao ponto de marcar bobeira com um recuo mal feito, do qual se aproveitou Matheus Cunha para avançar livre, encobrir o goleiro e estabeleceu o 2 a 0 no placar.  Nos primeiros minutos da etapa complementar, o time treinado por Fernando Batista deu a impressão de que iria sufocar os comandados de André Jardine, vindo para cima com alguns chutes a gol até certo ponto ameaçadores. Com a vantagem de 2 a 0 no placar, bastou à equipe brasileira resguardar-se defensivamente e ficar de olho no velho e bom contra-ataque, para não só neutralizar a volúpia do time adversário como também selar definitivamente a sorte da partida com mais um gol do inspirado Matheus Cunha, que contou com a colaborarão de um zagueiro argentino.  “Adiós, Pampa mía !” o placar se tornou irreversível, com cara de goleada, o medo de não ir aos Jogos Olímpicos de Tóquio sumiu de vez na Pátria gigante chamada Brasil e os arquirrivais do Prata perderam a invencibilidade, privilégio esse que acabou ficando com o quase desacreditado time brasileiro.  É oportuno dizer contudo que, apesar da derrota, os argentinos não ficaram tão tristes quanto se possa imaginar, pois terminaram o torneio na condição de campeões e, embora rivais históricos dos brasileiros, contribuíram de alguma forma para que os não menos rivais uruguaios acabassem alijados da participação nos Jogos Olímpicos da capital japonesa. Além da classificação, a grande vitória brasileira sobre o campeão do torneio deixa como saldo positivo a certeza de que o Brasil possui desde já uma seleção qualificada para alcançar o bi olímpico,  cuja tendência é aprimorar-se ainda mais no plano da individualidade com a convocação de outros jogadores de elevado nível técnico que atuam no país e no exterior.  

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