Objetivo da antecipação é reduzir a espiral de epidemias que ocorre no país. Imunização começará no dia 23 de março
Laísa Lopes/SOS Brasília
A campanha nacional de vacinação da gripe será antecipada em 23 dias, foi o que anunciou o Ministério da Saúde nesta quinta-feira (27), em São Paulo.
De acordo com o representante da pasta, Luiz Henrique Mandetta, a campanha seria realizada em abril, mas foi antecipada para 23 de março, após a confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil.
Embora a vacina não proteja contra o novo coronavírus (Covid-19), o objetivo é “evitar a espiral de epidemia de outros vírus que pode ocorrer e confundir muito a população, destaca Mandetta.
Nesta ocasião, o ministério da saúde irá ampliar os grupos de vacinação.
Além de crianças e idosos, forças de segurança, população presidiária completa
e agentes penitenciários também são alvos da campanha.
O ministro disse ainda que se a pessoa for vacinada, fica mais fácil
para os profissionais de saúde fazerem o diagnóstico. “Se o paciente avisa que
foi vacinado contra a gripe, isso ajuda o médico a pensar em outros vírus”.
Mandetta se reuniu nesta quinta com o governador de São Paulo, João
Doria, e representantes do Instituto Butantan, que fabrica as vacinas, para
avaliar a possibilidade de antecipação.
“O Butantan está disponibilizando ao Ministério da Saúde 75 milhões de doses da vacina da gripe, um recorde absoluto. O presidente do instituto, Dimas Covas, nos informou que isso representa 10% da produção mundial”, ressaltou o infectologista David Uip, que coordena o centro de contingência do coronavírus em São Paulo, durante coletiva de imprensa.
No Brasil, foi confirmado um caso de corona vírus e outros 132 casos são suspeitos. Destes, 121 têm histórico de viagem para países com existência da doença, 8 são de contatos com casos suspeitos e 3 foram de contato com o caso confirmado. Os pacientes estão recebendo acompanhamento em isolamento domiciliar.