Acusado pelo primeiro feminicídio de 2019 no DF vai a júri popular

Thiago de Souza Joaquim, de 33 anos, foi preso preventivamente pela Polícia Civil do DF por matar a mulher esfaqueada — Foto: TV Globo/Reprodução

Thiago de Souza Joaquim matou a mulher com facada no tórax. Vítima, de 30 anos, tinha um filho de três anos.

Por Marília Marques, G1 DF

Thiago de Souza Joaquim, de 33 anos, foi preso preventivamente pela Polícia Civil do DF por matar a mulher esfaqueada — Foto: TV Globo/Reprodução

Thiago de Souza Joaquim, de 33 anos, foi preso preventivamente pela Polícia Civil do DF por matar a mulher esfaqueada — Foto: TV Globo/Reprodução

O homem de 33 anos que matou a mulher a facadas, em janeiro do ano passado, na região do Gama, no Distrito Federal, deve ir a júri popular nesta terça-feira (21). Thiago de Souza Joaquim é acusado de feminicídio – primeiro registrado em 2019 – e pode ser condenado a até 30 anos de prisão.

Segundo a denúncia, ele esfaqueou Vanilma dos Santos, de 30 anos, e em menos de 24 horas, comprou passagens para Minas Gerais na tentativa de deixar Brasília.

  • Antes da viagem, no entanto, o agressor foi levado à delegacia pelo próprio advogado, onde prestou depoimento. Ao delegado, Thiago disse que não tinha intenção de machucar a mulher e que o cabo da faca “escorregou” da mão.

Vanilma chegou a ser levada para o Hospital Regional do Gama, de carro, pelo próprio agressor, mas não resistiu aos ferimentos. Ela deixou órfão o único filho, que na época do crime tinha três anos e estava em casa no momento do crime.

Vanilma Martins dos Santos, de 30 anos, foi morta esfaqueada pelo marido Thiago de Souza Joaquim, de 33 anos — Foto: Arquivo pessoal

Vanilma Martins dos Santos, de 30 anos, foi morta esfaqueada pelo marido Thiago de Souza Joaquim, de 33 anos — Foto: Arquivo pessoal

Denúncia

No entendimento do Ministério Público, o crime foi cometido por motivo fútil, por conta de uma discussão e, durante a ação, o réu dificultou a defesa da vítima.

Na denúncia, os promotores avaliaram ainda que trata-se de um feminicídio, já que o assassinato foi praticado contra uma mulher e “em contexto de violência doméstica e familiar”.

“[…] uma vez que denunciado e vítima eram companheiros, residiam na mesma residência e tinham um filho em comum, o que caracteriza o feminicídio”, diz trecho do documento.

O crime de feminicídio é tratado homicídio qualificado pelo Código Penal Brasileiro — Foto: TV Globo/Reprodução

O crime de feminicídio é tratado homicídio qualificado pelo Código Penal Brasileiro — Foto: TV Globo/Reprodução

Relembre o caso

O crime ocorreu por volta das 4h30 de 5 de janeiro, quando Thiago e a mulher, Vanilma, começaram a discutir dentro de casa, na quadra 8 do Setor Oeste.

“Ele disse que alcançou uma faca que estava em cima de um balcão entre a sala e a cozinha e simulou que ia esfaqueá-la, mas, na hora, o cabo escorregou e a faca entrou no tórax da mulher”, relatou o delegado Vander Braga, responsável pelo caso.

“Ele tirou a faca e a deixou no hospital. Disse que não ficou nem dois minutos e fugiu.”

Em depoimento, o agressor disse que havia saído de casa por volta das 12h do dia anterior para pescar com dois amigos na barragem do Corumbá. Lá, eles teriam bebido uma garrafa de cachaça e voltado só à meia-noite.

A vítima morreu no dia seguinte e foi enterrada em Riachinho (MG). Ela estava casada com Thiago há 10 anos.

A faca usada por Thiago para matar a mulher foi encontrada em cima do telhado da casa. O agressor é réu primário e não tinha outras passagens pela polícia.

Fonte: G1/DF

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