Segundo investigações, servidores cobravam propina para devolver carteiras de habilitação a motoristas infratores. Justiça determinou prisão de três suspeitos.
Por Rita Yoshimine, TV Globo
Carros do DER-DF — Foto: Tony Winston/Agência Brasília
O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) cumpre, nesta quarta-feira (28), três mandados de prisão preventiva em investigação que apura suposto esquema de corrupção no Departamento de Estradas e Rodagem do DF (DER-DF).
Segundo as apurações, servidores do órgão ofereciam a devolução de carteiras de habilitação apreendidas a motoristas infratores, mediante pagamento de propina de R$ 1,5 mil (entenda abaixo).
A reportagem acionou o DER-DF e aguarda posicionamento.
A operação, batizada de “Trânsito livre”, é realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPDFT, em parceria com o Centro de Inteligência do órgão e a Polícia Rodoviária Federal.
Entre os presos desta quarta estão um servidor do DER-DF e a companheira dele.
Além das prisões, a operação também cumpre mandados de busca e apreensão no edifício sede do DER-DF, em distritos rodoviários do órgão e nas residências dos investigados.
Como funcionava o esquema?
Segundo as investigações, o grupo procurava casos de motoristas com infrações seguidas e que estavam com a CNH recolhida.
Em seguida, um dos integrantes do esquema ligava para o condutor e oferecia a possibilidade de não inserir a multa no sistema, além de destruir a infração recebida e devolver a CNH apreendida.
Para ser beneficiado, o motorista tinha que pagar R$ 1,5 mil aos investigados. O valor representa metade da multa cobrada pelo DER-DF.
Fonte: G1/DF