Menina, de 8 anos, era considerada desaparecida após ser levada por mãe biológica na última terça (29). Nesta quinta (31), criança foi entregue em delegacia; família adotiva diz ter guarda provisória.
Por Mara Puljiz e Afonso Ferreira, TV Globo e G1 DF
Mãe biológica acusada de sequestrar criança no DF chega à delegacia acompanhada de advogado — Foto: TV Globo/Reprodução
Uma menina de 8 anos está no meio de uma disputa entre duas famílias no Distrito Federal. Nesta quinta-feira (31), a criança foi entregue pela mãe biológica em uma delegacia e deverá voltar para a família adotiva, enquanto o caso é investigado.
A mãe biológica – acusada de sequestro – afirma que procurava pela menina há 5 anos. Rafaela Victor Santana diz que a família adotiva levou a filha quando a menina tinha 3 anos e que, desde então, “eles têm se mudado para não serem encontrados” (veja entrevista abaixo).
“Nunca doei minha filha”, afirmou a mãe biológica.
Mãe biológica acusa família adotiva de ter levado criança há 5 anos, no DF
Já a família adotiva diz ter a guarda provisória da criança e afirma que a mãe entregou a menina. Na última terça-feira (29), quando a irmã adotiva levava a garota para a escola, a criança foi sequestrada.
Segundo a jovem, a mãe biológica fugiu com a menina. Desde então, a criança era considerada “desaparecida” pela Polícia Civil do DF.
Nesta quinta (31), a mãe biológica, acompanhada de um advogado, entregou a menina na delegacia do Gama, responsável pela investigação do caso.
O que diz a família adotiva
Foi a irmã adotiva que, na última terça, denunciou o sequestro. A jovem disse que os pais biológicos “arrancaram” a criança dela, a colocaram dentro de um carro e fugiram.
A família procurou a polícia, no Gama, onde moram. Eles contaram que estavam com a criança há 5 anos e que ela tinha sido entregue pela mãe biológica, ainda pequena.
O que diz a mãe biológica
A mãe biológica conta outra versão. Diz que ela era vizinha da família adotiva e que quando a filha tinha 3 anos, “eles se dispuseram a ajudar”.
Ela afirma que nunca entregou a criança. “Não existe documento, nunca assinei nada”, assegura.
Conta também que quando a família levou a menina, ela procurou a polícia e o Conselho Tutelar. “Foram abertos três processos”, afirma. No entanto, segundo a mulher, os processos não foram adiante porque a família adotiva nunca era encontrada.
Sobre ter levado a menina, na última terça, ela garante que não se arrepende porque há 5 anos procurava pela filha.
“Foi a melhor atitude que tive. Minha filha estava vivendo uma mentira.”
A mulher alega que não vai desistir da filha biológica. “Nunca vou desistir porque nunca dei minha filha”, aponta.
Ela contou ainda que o pai da criança, de quem está separada, registrou a filha e acompanhou todas as buscas nos últimos anos.
O que diz a Vara da Infância e Juventude
A Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal (VIJ) disse ao G1 que não localizou nenhum processo com nenhuma das duas grafias informadas sobre o nome da criança. A menina, de 8 anos, é apresentada com um sobrenome pela mãe biológica e com outro pela família adotiva.
Fonte: G1/DF