Torcedores do Palmeiras vão a júri por tentativa de homicídio durante jogo no Mané Garrincha

Área interna do anel superior do Mané Garrincha, em Brasília, com PMs e torcedores, após confronto no intervalo de jogo entre Flamengo e Palmeiras — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Vítima foi agredida com socos, chutes e pisões na cabeça enquanto estava desmaiada. Crime ocorreu no intervalo do jogo contra o Flamengo, em 2016.

Por Marília Marques, G1 DF

Briga de torcidas no DF tem 30 presos e deixa 4 feridos

Briga de torcidas no DF tem 30 presos e deixa 4 feridos

Dois integrantes da Mancha Verde – torcida organizada do Palmeiras – vão ser julgados pelo Tribunal do Júri do Distrito Federal, nesta quinta-feira (7). Gabriel Augusto Silva e Anderson dos Santos Silva respondem pela tentativa de homicídio de João Vitor dos Santos Araújo, à época com 30 anos.

A vítima, torcedora do Flamengo, estava no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, em junho de 2016, durante a partida entre Flamengo e Palmeiras. Segundo a investigação, João Vitor foi agredido com socos, chutes e pisões na cabeça enquanto estava desmaiado.

Na ocasião, três policiais militares também se feriram e 30 palmeirenses foram presos. O confronto aconteceu durante o intervalo do jogo, no anel superior da arena, após uma falha na segurança do espaço. A reportagem não localizou a defesa dos dois acusados.

Sargento da Polícia Militar com o nariz quebrado após confronto entre torcedores no intervalo do jogo entre Flamengo e Palmeiras, no Mané Garrincha, em Brasília — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Sargento da Polícia Militar com o nariz quebrado após confronto entre torcedores no intervalo do jogo entre Flamengo e Palmeiras, no Mané Garrincha, em Brasília — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Na denúncia do Ministério Público (MPDFT), três qualificadoras foram estipuladas para o crime de tentativa de homicídio e podem aumentar a pena aplicada aos réus:

  • motivo fútil – pelo fato da vítima ser torcedora do time rival,
  • emprego de meio cruel e
  • por dificultarem a defesa do rapaz agredido.

Segundo o promotor de Justiça Marcelo Leite, os réus “agiram com evidente superioridade numérica e forças”, ao agredir a vítima enquanto ela estava desmaiada e caída no chão.

“O crime não se consumou por circunstâncias alheias às vontades dos réus, uma vez que houve intervenção de terceiros para impedir a continuidade das agressões.”

Área interna do anel superior do Mané Garrincha, em Brasília, com PMs e torcedores, após confronto no intervalo de jogo entre Flamengo e Palmeiras — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Área interna do anel superior do Mané Garrincha, em Brasília, com PMs e torcedores, após confronto no intervalo de jogo entre Flamengo e Palmeiras — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Relembre o caso

Em junho de 2016, o torcedor do Flamengo João Vitor dos Santos Araújo foi encaminhado em estado gravíssimo ao Hospital de Base depois de ser espancado por torcedores do Palmeiras.

A confusão aconteceu no intervalo da partida, no Estádio Mané Garrincha. Segundo a PM, membros da Mancha Verde saíram do espaço onde estavam e foram até o local reservado aos flamenguistas.

Parte do grupo também arremessou lixeiras contra os policiais. Três sargentos se feriram.

Um militar teve o nariz quebrado por uma pedrada. Outro se machucou na mão, atingido por estilhaços e o terceiro se feriu nas costas, depois ser atingido com um extintor.

Seguranças do estádio tentaram conter o grupo, mas não conseguiram. A polícia usou bombas de efeito moral e gás de pimenta. O jogo terminou em 2 a 1 para o Palmeiras.

Fonte: G1/DF

COMPARTILHE AGORA:

Leia também