Weverton Leonardo Elias, de 32 anos, foi atingido dentro do carro que dirigia, em Taguatinga. Crime ocorreu em agosto do ano passado; policial responde em liberdade.
Após sete meses internado, morreu na madrugada desta segunda-feira (16) Weverton Leonardo Elias, de 32 anos. Ele foi baleado na cabeça por um sargento aposentado da Polícia Militar do DF durante uma briga de trânsito, em Taguatinga. O crime ocorreu na avenida Elmo Serejo, em agosto do ano passado.
O policial Francisco Cipriano, de 49 anos, foi acusado de tentativa de homicídio qualificado e se tornou réu na Justiça. Até a última atualização desta reportagem, o militar respondia ao processo em liberdade. O G1 tenta contato com a defesa dele.
À reportagem, a irmã da vítima, Asline Glenda Elias, disse que Weverton passou os últimos dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular. Na madrugada desta segunda (16), os médicos constataram a falência múltipla dos órgãos. Ela lamentou a perda do irmão.
“Meu irmão não conheceu minha filha caçula, não estará no casamento da minha filha mais velha, que acontecerá sábado. Teremos um eterno vazio.”
Crime filmado
Câmeras de segurança flagraram o momento em que o policial Francisco Cipriano (no carro vermelho) atira no vidro de trás do veículo dirigido por Weverton (veja vídeo abaixo). A bala atingiu a cabeça da vítima.
Segundo a Polícia Civil, o PM – que também era instrutor de tiro – disse à polícia que foi “fechado” por Weverton e atirou porque “ficou com raiva”.
Cipriano já trabalhou como segurança do governador Ibaneis Rocha (MDB) durante a campanha eleitoral. Em janeiro do ano passado, ele foi nomeado assessor técnico da administração de Taguatinga, mas exonerado depois do crime, em 9 de agosto.
Em fevereiro deste ano, uma audiência no Tribunal de Júri de Taguatinga ouviu dois delegados e outros dois investigadores do caso, além de Cipriano.
O advogado de familiares da vítima, Jonathan Tavares, afirmou ao G1 que vai informar a Justiça sobre a morte do jovem para que, a partir de agora, o PM responda por homicídio.
Fonte: Afonso Ferreira e Carolina Cruz, G1 DF e TV Globo