Um carroceiro, de 26 anos, foi preso em Brasília suspeito de crime de maus-tratos contra uma égua. O animal estava com bicheira no nariz, desnutrido e com ferimentos em uma das patas
Redação SOS Brasília
O homem, morador de Samambaia, assinou um termo em que se compromete a comparecer à Justiça e foi liberado. A égua foi encaminhada para o Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (UnB) para tratamento.
A ocorrência foi registrada pela Comissão de Direito dos Animais da OAB de Taguatinga-DF. “Esse carroceiro já tinha outras denúncias contra ele. Segundo testemunhas, esse era o terceiro animal que estava pra morrer na mão dele”, conta a advogada da comissão Ana Paula Vasconcelos.
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Égua apreendida no DF estava desnutrida, com bicheira no nariz e pata machucada — Foto: Polícia Civil / Divulgação
Ana Paula aponta que muitos desses animais são explorados puxando carroças para transporte de materiais de construção e entulho. “Eles usam o cavalo de dia, e de noite alugam para outros carroceiros transportarem entulho”, afirma.
“Não existe exploração de animais sem sofrimento. E essa é uma exploração imensa, muitos morrem em razão da violência com que são tratados”, diz a advogada.
Lei que proíbe carroças já tem cinco anos e não foi regulamentada
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Carroça no DF — Foto: TV Globo/Reprodução
Os veículos de tração animal (VTA) – ou carroças – estão proibidos de circular nas vias do Distrito Federal desde 2016. Porém, Ana Paula Vasconcelos afirma que a lei está sendo descumprida no DF e que, passados cinco anos, ela sequer foi regulamentada.
“É importante ressaltar que a exploração de animais em carroça é uma prática cruel e medieval. É inaceitável que isso continue acontecendo na capital do país”, diz a representante da OAB.
A reportagem aguarda manifestação do GDF em relação ao cumprimento da lei, bem como sobre quais são as políticas públicas implementadas para garantir a subsistência de carroceiros e o bem estar dos animais.
