O futuro está a cada momento mais próximo do presente

*RENATO RIELLA


O futuro é daqui a pouco. Mas ainda acreditamos que os grandes avanços vão ocorrer daqui a décadas ou séculos. Epa! Acabou de acontecer.
No ano passado, ninguém imaginava que os grandes centros mundiais iram de repente enfrentar um gravíssimo problema chamado “patinete elétrica”?
Isso mesmo! Surgiu um meio de transporte muito útil, que não serve para andar na calçada, na ciclovia e muito menos nas ruas. Mas circula nesses três ambientes, desafiando regulamentações e correndo riscos. Não mais que de repente.
Quer ver outra? Acabou de acontecer a chegada do Uber Eats em moto. Mal a gente se acostumava a comprar alimentos desta forma, apareceu o Uber Eats em bicicleta. E você passou a ver, em todo canto, rapazes e moças com aquelas caixas verdes nas costas, levando comida nas ciclovias. É novidade demais…
Com isso, as empresas de motoboy estão apavoradas, porque ganharam uma concorrência repentina muito forte, com tecnologia de comunicação moderníssima (pelo celular, que hoje é potente computador).
A vida ficou assim. A qualquer momento o nosso negócio pode ser extinto por uma modernidade impensável. Viver ficou mais perigoso ainda.
Vejo para breve a chegada do carro elétrico. Há países que prometem para dentro de poucos anos (2022, por exemplo) o fim do carro a gasolina.
Por aqui vai demorar um pouco, mas dentro de no máximo dez anos será realidade. Pergunto: o que acontecerá com os postos de gasolina? E como sobreviverão milhões de pessoas dessa área?
O mesmo digo da energia solar. Breve vai dominar o mundo. Percebemos que o sol oferece energia quase de graça, mas sabemos como é difícil superar o lobby das energias tradicionais.
Na China, a energia solar está ocupando espaço rapidamente. No Brasil, vai devagar. Em compensação, somos ponta em matéria de energia eólica (dos ventos), que já atende a grande parte dos estados nordestinos.
E você, que vive da forma mais tradicional possível, lê este artigo e pensa: “Coisa para os meus netos!” Coitadinho, pois é pra já, com a velocidade da patinete elétrica.
Tivemos em Brasília a maior edição mundial do evento Campus Party. Mais de cem mil pessoas viram nas instalações do Estádio Mané Garrincha as grandes novidades da tecnologia.
É o caso da xerox 3D. Na verdade, chamar de Xerox é só uma brincadeira, lembrando das décadas passadas, quanto tirávamos cópias de papel nas máquinas hoje ultrapassadas. O 3D reproduz até órgãos humanos.
No Campus Party, muita gente levou objetos domésticos para reproduzir. Apertando um botão, estas pessoas recebiam uma réplica igualzinha. Parece feitiço, mágica, truque…
Prepare-se, prepare-se, prepare-se!
Este mês, o Uber apresentou a maior revolução em matéria de transporte urbano. Trata-se do Uber para transporte de passageiros.
Com tarifa igual à do automóvel, o drone sem piloto poderá transportar até quatro passageiros, dentro de qualquer cidade, com tempo dez vezes menor do que uma viagem pelo chão. É pra já, daqui a pouco. Não pense que é sonho.
Claro que devemos imaginar o engarrafamento de drones nos céus de Nova York, São Paulo ou Brasília, mas isso o computador resolve, prevenindo batidas.
Vou ficar por aqui, sem falar de Medicina, viagem a Marte ou revoluções na educação. 
Na verdade, começo a ficar com a maior saudade do meu Honda Fit 2014, grande companheiro dos últimos cinco anos. E lembro da minha máquina de escrever Olivetti…Mas me mantenho vivo, vivo, vivo – e atualizado.

*Renato Riella é colunista especial do SOS BRASÍLIA

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