‘Pena que não foi na Indonésia’, diz Bolsonaro sobre militar preso na Espanha com 39 kg de cocaína

Em 2015, dois brasileiros foram executados na Indonésia por terem sido condenados por tráfico. Ministro da Defesa já disse que sargento da FAB será julgado ‘sem condescendência’.

Por Filipe Matoso e Gustavo Garcia*, G1 — Brasília

28/06/2019

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (28) ser uma “pena” que o sargento Manoel Silva Rodrigues tenha sido preso na Espanha, e não na Indonésia.

Bolsonaro deu a declaração ao conceder uma entrevista coletiva em Osaka (Japão), onde participa da cúpula do G20.

Na última terça (25), o sargento da Força Aérea Brasileira foi preso no aeroporto de Sevilha com 39 quilos de cocaína. Rodrigues atua como comissário de bordo numa aeronave que, segundo a TV Globo apurou, faz a rota presidencial antes do avião do presidente da República.

“Aquele elemento ali traiu a confiança dos demais. Traiu a confiança, sim. Olha, pena que não foi na Indonésia. Eu queria que tivesse sido na Indonésia, tá ok? Ele ia ter o destino que o Archer teve no passado”, afirmou o presidente da República.

Em janeiro de 2015, o brasileiro Marco Archer foi executado na Indonésia por ter sido condenado à morte por tráfico de drogas. Em 2004, ele havia sido preso no país tentando entrar com 13 quilos de cocaína.

Três meses depois, em abril de 2015, o brasileiro Rodrigo Gularte também foi executado na Indonésia pelo mesmo motivo. Ele havia sido preso em 2004 por tentar entrar no país com 6 quilos da droga.

Segundo o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, o sargento Manoel Silva Rodrigues será julgado no Brasil e na Espanha “sem condescendência“.’Militar preso com cocaína será julgado sem condescendência’, diz ministro.

'Militar preso com cocaína será julgado sem condescendência', diz ministro

‘Militar preso com cocaína será julgado sem condescendência’, diz ministro

Rota de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro decolou de Brasília na noite de terça-feira (25) em direção a Osaka (Japão).

A agenda inicialmente divulgada pela assessoria de Bolsonaro previa escala em Sevilha, onde o militar foi preso.

Numa agenda posteriormente enviada pela Presidência, contudo, a escala passou para Lisboa (Portugal). Fontes militares disseram à TV Globo que a rota mudou em razão da prisão do militar.

* Colaborou Nilson Klava, da GloboNews, em Osaka

Fonte: G1


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