Polícia apreende 2 mil microsselos de LSD despachados pelos Correios, no DF

Homem de 43 anos usava pseudônimo de “Sezaru” e era investigado desde 2019. Ele foi preso em flagrante junto com outros dois suspeitos, de 20 e 48 anos

Policiais civis da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) do Distrito Federal prenderam três homens por tráfico de drogas e, com eles, apreenderam 2 mil microsselos de LSD que tinham sido despachados pelos Correios. Segundo a corporação, um dos suspeitos, de 43 anos, é o maior traficante de drogas sintéticas do Brasil.

Na casa de um dos investigados, os policiais ainda encontraram mais 50 mil microsselos, além de cristais de LSD e diversos itens para confecção e distribuição da droga. A polícia acredita que eles lucrariam cerca de R$ 2,5 milhões com a venda dos entorpecentes em festas.

Como era o esquema

Segundo os investigadores, o homem usava o pseudônimo de “Sezaru” e era investigado desde 2019. Nesta quarta-feira (13), os investigadores passaram o dia monitorando o comportamento dele e de outros dois suspeitos, de 20 e 48 anos.

De acordo com o delegado da Cord, Rogério Henrique Rezende, Sezaru entregou uma maleta cheia de LSD para um outro traficante, que era responsável pela postagem dos entorpecentes. Assim que a droga foi despachada, o grupo recebeu voz de prisão em flagrante.https://4402c601b166ef17ddb5b33b38bdc9b4.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

“Ele estava remetendo para o Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás. O Sezaru mandava droga para o Brasil inteiro. Era o principal traficante de LSD do Brasil tranquilamente”, disse o delegado.

Polícia apreende 52 mil microsselos de LSD, no DF
Polícia apreende 52 mil microsselos de LSD, no DF

De acordo com Rogério, Sezaru era quem manufaturava a droga, enquanto outro comparsa distribuía e um terceiro fazia a contabilidade e armazenava os entorpecentes. O grupo ainda tinha um programa na internet pra negociar a venda de LSD. O delegado afirma que eles acreditavam estar um ambiente que não podia ser rastreado, com troca de mensagens criptografadas.

Ainda segundo a polícia, quem quisesse negociar as drogas sintéticas recebia informações sobre os entorpecentes disponíveis e os valores. Os investigadores descobriram ainda que Sezaru chegou a escrever uma autobiografia de 120 páginas na internet, relatando envolvimento com drogas desde a adolescência.

Esta é a terceira prisão do suspeito. Ele já havia sido detido no DF pela antiga Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) e também pela polícia da Bahia. Sezaru e os comparsas já passaram por audiência de custódia e tiveram a prisão preventiva decretada, ou seja, por tempo indeterminado.

Os três vão responder pelo crime de tráfico interestadual de drogas – com pena que vai de cinco a 25 anos de prisão – além de associação criminosa, que varia entre três e seis anos de reclusão.

Fonte: G1/DF – Repórter: Mara Puljiz

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