POLÍCIA MINEIRA CONCLUI HOJE O INQUÉRITO DO CASO JOÃO MIGUEL

FOTO DO SITE DO SINDICATO DA POLÍCIA CIVIL: www.policiacivil.mg.gov.br

            Por HERON LUIZ/SOS POLICIA

    A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluirá, hoje, (1º/08), o inquérito de Mateus Leroy Alves (FOTO), pai do menino João Miguel, de um ano e oito meses de idade. O homem será indiciado, por estelionato e abandono material, pois o seu filho sofre de uma doença rara, a Atrofia Muscular Espinhal (AME/TIPO 1). A criança necessita de um tratamento, de 06 doses do medicamento Spiranza, que o Sistema Único de Saúde (SUS) não doa e nem comercia. Mateus Leroy conseguiu na Justiça três doses deste medicamento. A campanha pela sua vida arrecadou até então aproximadamente 1 milhão e 100 mil reais e mobilizou toda a cidade de Conselheiro Lafaiete, onde mora a família.

            Segundo o delegado da Polícia Civil mineira, o doutor Daniel Gomes, “o valor, estima-se que o desvio realizado por Mateus Leroy foi de aproximadamente 600 mil reais. Ele é investigado por usar esse dinheiro com passeios, hotéis caros, perfumes importados, farra, bebidas, garotas de programa e droga. Ele chegou a gastar sete mil reais em uma suíte luxuosa de um motel em Belo Horizonte durante nove dias que ficou hospedado lá”. Mateus Leroy foi denunciado pela mulher Karine Rodrigues, que estava suspeitando de sua conduta. Ela fez um Boletim de Ocorrência na Delegacia em Conselheiro Lafaiete, relatando que estava faltando dinheiro na conta de João Miguel, e que o marido estava tendo atitudes suspeitas.

            O doutor Daniel Gomes explicou ainda que, o próximo passo da investigação é a análise dos dados bancários de Mateus através da quebra do sigilo autorizado pelo Poder Judiciário e completou. “Vamos investigar o caminho desse dinheiro e fazer um rastreamento”. O indiciamento neste inquérito policial será pelo crime de estelionato, por motivo de ludibriar as pessoas a doarem dinheiro para a campanha do filho e usá-lo para outro fim, com pena de um a cinco anos e multa. Também por abandono material, abandono da família e dois filhos menores, sem condições de prover seu devido sustento, com pena de um a quatro anos. Segundo informações, “a Polícia Civil investiga também o crime de lavagem de dinheiro. Ele está em apuração em um novo inquérito policial, diante da complexidade exigida para a sua comprovação, que passa pela análise de todas as transações bancárias realizadas nas contas da campanha, destinação do dinheiro, onde o mesmo foi empregado e de que forma o dinheiro estava sendo reinserido no mercado, com o intuito de aparentar ter sido obtido por meios lícitos. A pena para este crime varia de três a dez anos”.

            O delegado afirmou que, “foi constatada a existência de vários vídeos do investigado Mateus em hotéis de Salvador (BA), ostentando um padrão de vida incompatível com seus ganhos mensais, chegando a dizer em um deles que: “existe vida mais barata, mas eu não vou querer não”, isso tudo dentro de uma piscina, em um prédio de frente para o mar, em Salvador”.

O PROSTIBULO

            Daniel Gomes contou que, “as investigações apontaram que a pretensão de Mateus era abrir uma casa de prostituição na cidade de Salvador (BA), com esquema de gerenciamentos de garotas de programa. As investigações mostram que Mateus investiu, pelo menos, 50 mil reais em uma casa de prostituição nessa cidade. Além disso, o investigado levaria, aproximadamente, quatro garotas de programa da capital mineira para trabalharem em Salvador”. O policial acredita e conclui que, “com a autorização judicial, a Polícia teve acesso às conversas entre Mateus e uma mulher, cuja identidade não foi divulgada, negociando sobre como seria o funcionamento da casa de prostituição em Salvador. “O desejo demonstrado por ele é de que essa interlocutora trabalhasse como gerente do local e que Mateus é quem tomaria conta dos programas realizados por cada uma das garotas. Também fica claro que Mateus tinha a intenção de levar, pelo menos, quatro garotas de Belo Horizonte para trabalharem em Salvador (BA), como garotas de programa”.

       FONTE DAS INFORMAÇÕES: www.policiacivil.mg.gov.br

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