Polícia prende última suspeita de matar travesti em agência dos Correios no DF

Ágatha Lios foi assassinada em janeiro de 2017; câmeras de segurança gravaram crime. Samira Delton foi presa em Goiânia (GO), outras 3 suspeitas estão na Papuda.

Por Afonso Ferreira, G1 DF

Polícia indicia 5 pessoas acusadas por morte de travesti de 23 anos

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A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu a última suspeita de ter participado do assassinato da transexual Ágatha Lios, no depósito dos Correios de Taguatinga Sul, no Distrito Federal, em janeiro de 2017. Câmeras de segurança do setor de distribuição dos Correios registraram o crime (veja vídeo acima).

De acordo com as investigações, Samira Delton Lopes Castro, de 22 anos, que também é transexual estava foragida desde julho de 2017. Segundo a delegada Cyntia Cristina de Carvalho, ela foi presa em Goiânia (GO) em maio deste ano por policiais da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação do DF (Decrin), com o apoio da Polícia Civil de Goiás.

As outras três transsexuais que aparecem na cena do crime estão presas na Penitenciária da Papuda, no DF.

Ágatha Lios, de 23 anos foi morta em Taguatinga — Foto: Arquivo pessoal

Ágatha Lios, de 23 anos foi morta em Taguatinga — Foto: Arquivo pessoal

Relembre o caso

Câmeras de segurança da Central de Distribuição dos Correios, em Taguatinga, registraram o assassinato Ágatha Lios (vídeo no começo da reportagem). Na época, ela tinha 23 anos.

Nas imagens é possível ver que Ágatha entra correndo no galpão dos Correios e tenta se esconder. Outras quatro transexuais apareceram em seguida, armadas com facas.

Entre as prateleiras, uma delas agarra a vítima pelos cabelos. Enquanto as outras três seguram Ágatha, ela esfaqueia a travesti.

Câmara de segurança de galpão dos Correios em Taguatinga mostram momento de assassinato de travesti — Foto: TV Globo/Reprodução

Câmara de segurança de galpão dos Correios em Taguatinga mostram momento de assassinato de travesti — Foto: TV Globo/Reprodução

Ao fazer os indiciamentos, a delegada que cuidava do caso na época, Gláucia Cristina, disse que já havia um desentendimento entre Ágatha e as suspeitas. O motivo seria “ciúmes e disputa por ponto de prostituição”.

“Ágatha discordava da forma que essas algozes viviam brigando e roubando seus clientes. E o ciúme existia porque a Ágatha, de fato, era muito bonita”, disse a delegada.

As quatro transexuais presas, Samira Delton, Carolina Andrade, Lohanny Pinto e Bruna Alencar – nomes sociais das suspeitas – respondem por homicídio qualificado. A pena vai até 30 anos de prisão.

Fonte: G1

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