População pode definir regras para o Parque Ecológico do Areal

Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Com vista privilegiada, trilhas, campo de futebol e áreas de conservação, local mudou de categoria e busca organização

O nome soa técnico, mas a proposta é de adesão popular. O plano de manejo do Parque Ecológico do Areal começa a ser preparado, e os moradores e frequentadores da reserva ambiental podem ajudar a dar o destino correto às atividades que serão permitidas por lá. Por meio do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), o GDF faz um chamado à população para contribuir na produção de um documento gerenciador das regras de uso e conservação da área.

Com 32 hectares – o equivalente ao tamanho de 33 campos de futebol –, o parque fica na avenida Águas Claras, próximo à Escola Técnica de Brasília, e tem uma vista privilegiada. Um terço de sua extensão é voltado ao espaço de vivência, com dois parquinhos infantis, um ponto de encontro comunitário (PEC) para atividades esportivas de idosos, uma quadra poliesportiva e dois campos de futebol de chão batido.

32 hectaresÁrea do Parque Ecológico do Areal

Parque do Areal passou à categoria de reserva ambiental com espaços de lazer e práticas esportivas | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

 Reserva ambiental

Já a área de preservação ambiental tem trilhas para caminhadas, dois córregos e a flora que mantêm a umidade e qualidade do ar nos arredores. A necessidade de criar regras para essa área surgiu depois que a unidade foi reclassificada pelo Ibram: passou de espaço de uso múltiplo, de convivência, para reserva ambiental com espaços de lazer e práticas esportivas – mesmo modelo do Parque Ecológico de Águas Claras

Técnico de planejamento e infraestrutura urbana do Ibram, Saulo Guilherme de Freitas explica que, ao ter a categoria alterada para área de conservação, o parque se manteve aberto ao público e sem normas claras de preservação. “A participação da população no trabalho é importante, pois permite que o debate prático e técnico sejam feitos”, ressalta. “O parque precisa ser integrado com a vizinhança”.

“A participação da população no trabalho é importante, pois permite que o debate prático e técnico sejam feitos”Saulo Guilherme de Freitas, técnico de planejamento e infraestrutura urbana do Ibram

Voz popular

No Parque Ecológico do Areal, há os córregos Vereda da Cruz e Arniqueira. Para mantê-los preservados, a vegetação precisa também estar sadia, o que demanda uma gestão eficaz, que que controle incêndios e crimes ambientais.

O técnico em telecomunicações Edilson Joaquim de Oliveira, 43 anos, mora ao lado do parque. Praticava esportes e fazia caminhada com as três filhas por lá. Integrante da Sociedade Amigos do Parque Ecológico do Areal, considera primordial a participação popular na produção do plano de manejo. “Como mistura área de reserva com a de lazer, é necessário que regras claras de uso sejam consolidadas, e quem usa pode colaborar com isso”, avalia.

Edilson de Oliveira  (de camiseta verde): “Quem usa pode colaborar” | Foto: Arquivo pessoal

Moradora do Areal, a assistente social Socorro Alves Rodrigues, 54 anos, também frequenta o parque e quer ter voz na elaboração das regras de uso do espaço. “Politicamente as decisões não envolviam a comunidade, por isso é necessária nossa participação no preparo do plano”, defende, reforçando que a área é importante para toda a vizinhança.

Como se inscrever

O chamamento foi feito com vistas a um encontro presencial em agosto, em data ainda a ser definida, de acordo com o que permita o panorama de saúde, afetado pela pandemia de Covid-19.

Aberta a todos os interessados, a participação se dará por meio de inscrição a ser solicitada por meio do endereço eletrônico [email protected].

Fonte: HÉDIO FERREIRA JÚNIOR, DA AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: CHICO NETO

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