Professor denunciado por assédio sexual e moral em escola do DF é afastado da função

Foto: Gazeta Online

Na manhã desta terça, estudantes organizaram protesto e divulgaram livreto com relatos. Cemab é maior instituição da rede pública em Taguatinga.

Fachada do Cemab, em Taguatinga, no DF — Foto: Google Maps/Reprodução
Fachada do Cemab, em Taguatinga, no DF — Foto: Google Maps/Reprodução

Um professor temporário da rede pública do Distrito Federal é investigado pela Secretaria de Educação após denúncias de que ele cometeu assédio sexual e moral contra alunas do Centro de Ensino Médio Ave Branca (Cemab), maior instituição de ensino de Taguatinga, com 2,4 mil estudantes matriculados.

Segundo a Secretaria de Educação, a escola recebeu a denúncia na semana passada e, na sexta-feira (6), devolveu o professor “preventivamente” à Coordenação Regional de Taguatinga.

Na prática, isso significa que o professor investigado ficará afastado das salas de aula e não receberá salários enquanto a apuração não for concluída.

Protesto

Na manhã desta terça (10), durante o intervalo das aulas, estudantes do Cemab organizaram uma manifestação para denunciar os casos de assédio sexual e moral do professor.

Os alunos também elaboraram um livreto com relatos das condutas denunciadas. Entre os depoimentos das vítimas, que não quiseram expor o nome, há relatos como:

  • “Ele abraçou uma menina por trás apagando o quadro e disse que ensinava ela como apagar”;
  • “O professor me chamava na mesa dele e ficava tentando alisar minha mão”;
  • “Ele me viu de calça rasgada e disse na frente da turma inteira que eu tenho um coxão”;
  • “Quando fomos fazer o requerimento, fizemos anonimamente, e quando ele chegou em sala ficou apontando o dedo, deixando todos nervosos, com medo”.
Estudante relata assédio de professor em escola pública do DF — Foto: Arquivo pessoal
Estudante relata assédio de professor em escola pública do DF — Foto: Arquivo pessoal

O livreto também citou o artigo 216-A do Código Penal para definir o conceito de assédio: ato de “constranger alguém, com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”.

Segundo a Secretaria de Educação, o Cemab “tem desenvolvido diversos debates com os estudantes com palestras, discussões em sala de aula e outras atividades sobre assédio moral e sexual”.

Fonte: G1 DF.

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