BOLSONARO decreta “estado de calamidade pública”.

Bolsonaro: "Respondo por meus atos" Foto: Jorge William

Por Ricardo Noronha


Em coletiva concedida a imprensa hoje a tarde, o Presidente Jair Messias Bolsonaro voltou a criticar “parte da mídia” que insiste em culpa-lo pelas manifestações de domingo passado, fazendo questão de citar que naquele mesmo domingo, 1.300 pessoas abarrotaram um salão fechado em São Paulo para o lançamento da Rede de TV CNN. “Muitos que me criticam por cumprimentar alguns manifestantes em frente ao Palácio do Planalto, estavam lá, acotovelados, em local fechado com 1.300 convidados”. O recado foi “um tapa na cara” aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, do Senado, Davi Alcolumbre é do STF, Dias Tofolli que estiveram presentes ao evento.

A Ficha Caiu
Postura de Bolsonaro em relação ao Coronavirus mudou. Em entrevista à Rede CNN, o presidente comparou a epidemia como se fosse um surto gripal. Bolsonaro disse que não há motivos para histeria e que esse tipo de reação atrapalha o sistema de saúde pública. Na coletiva de hoje a conversa tomou o rumo certo. Presidente adotou medidas necessárias e decretou estado de calamidade pública.

PANELAÇOS

Panelaços contra o presidente foram ouvidos no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Pernambuco. Hoje a noite o Jornal Nacional vai mostrar outro panelaço contra o presidente, as 20h30. Bolsonaro desafia a Globo: “Espero que a Globo, em especial o Jornal Nacional, mostre o panelaço a favor do meu governo, marcado para as 21 horas de hoje”. É notório a disposição dos jornalistas da Rede Globo de ofender o presidente da República. Na coletiva, a jornalista Delis Ortiz insistiu em perguntar se o presidente não se sentiria arrependido de ter incentivado as manifestações do dia 15. Bolsonaro cortou a “mamata” da Globo e criou um inimigo. A audiência da emissora despencou nos últimos meses e jornalistas até então respeitados foram desmoralizados em virtude de “palestras” bancadas com dinheiro público e que não foram realizadas.

O ministro Mandetta, da Saúde, disse que no Brasil não existe nenhum município, por menor que seja, que não tenha o SUS. Garantiu que o Brasil está preparado para enfrentar qualquer tipo de epidemia e aproveitou para lembrar que já tivemos pandemias piores. Mandetta agradeceu ao presidente pela equipe técnica que trabalha sob o seu comando. O ministro Sérgio Moro falou das fronteiras fechadas e da ação desencadeada pelo ministério da justiça. Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, anunciou medidas para socorrer o setor aeroportuário. Disse que a queda nas vendas de passagens Aéreas é grande, superado pelos pedidos de cancelamentos. Paulo Guedes, ministro da economia, anunciou a liberação de recursos para a saude e para a economia. Bilhões de reais serão liberados para conter a pandemia. Guedes destacou a liberação imediata de 200 reais para pessoas autônomos que dependem de clientes nas ruas, como vendedores ambulantes, engraxates, lavadores de carros, etc.

A coletiva deu uma visão geral das ações do governo federal no combate ao Coronavirus. A sensação é de segurança e que as autoridades estão unidas e atentas ao problema. Davi Alcolumbre, presidente do Congresso Nacional, anunciou que a contraprova do teste de Coronavirus deu positiva e que é mais um brasileiro infectado.

O mundo está em alerta. A OMS – Organização Mundial de Saúde pediu o empenho de todos os governos no combate à pandemia. Donald Trump, presidente dos EUA, comparou o Coronavirus a uma Guerra Mundial.


Ricardo Noronha, editor SOS BRASILIA


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