Espião Estatístico: até início do Brasileiro, Raposa estava invicta no ano e Rubro-Negro vivia momento de instabilidade. Hoje, mineiros sofrem no Z-4, enquanto cariocas lideram a disputa
Por Guilherme Maniaudet — Rio de Janeiro
GloboEsporte.com
— Foto: Infoesporte
Cruzeiro e Flamengo abriram o Campeonato Brasileiro em 27 de abril em situações bem diferentes das atuais. A Raposa, embalada por uma grande fase de grupos na Libertadores e o título do Mineiro, estava invicta na temporada, com melhor ataque e melhor aproveitamento entre os times da Série A. Já o Flamengo, apesar de também ter sido campeão estadual, vivia um momento de questionamento. O resultado? O Rubro-Negro venceu por 3 a 1 no Maracanã.
Desempenhos até a estreia no Brasileiro
Cruzeiro | Flamengo |
21 jogos, 16V e 5E | 22 jogos, 14V, 5E e 3D |
84% de aproveitamento | 71% de aproveitamento |
46 gols marcados (2,19 por jogo) | 44 gols marcados (2 por jogo) |
9 gols sofridos (0,42 por jogo) | 18 gols sofridos (0,81 por jogo) |
Fonte: Espião Estatístico
Os times voltam a se enfrentar neste sábado, às 17h, no Mineirão. A missão do Espião Estatístico é mostrar o que mudou em Cruzeiro e Flamengo desde aquele confronto.
Os outros momentos no ano
Mano Menezes deixou o Cruzeiro com o time muito mal no Brasileiro — Foto: Douglas Magno/BP Filmes
Após a estreia no Brasileirão, o desempenho das duas equipes caiu, principalmente o da Raposa. Até a chegada de Rogério Ceni, todos os números despencaram. Foram apenas três vitórias em 22 jogos e médias de menos de um gol marcado e mais de um gol sofrido por partida. Com a chegada do novo treinador, o Cruzeiro voltou a fazer gols, o aproveitamento subiu, mas a média de gols sofridos também aumentou. O clube segue na zona de rebaixamento, na 17ª colocação, mas já deu mostras que tem tudo para se afastar dali.
Cruzeiro após a estreia no Brasileiro
Antes de Ceni | Depois da chegada de Ceni |
22 jogos, 3V, 9E e 10D | 6 jogos, 2V, 1E e 3D |
27% de aproveitamento | 39% de aproveitamento |
18 gols marcados (0,81 por jogo) | 5 gols marcados (0,83 por jogo) |
30 gols sofridos (1,36 por jogo | 9 gols sofridos (1,5 por jogo) |
Fonte: Espião Estatístico
O Flamengo também piorou depois do começo do Brasileirão, viu a média de gols marcados cair bastante, mas melhorou na média de gols sofridos. O time venceu alguns jogos importante, conseguiu a classificação na Libertadores, mas em nenhum momento da temporada convenceu, o que levou à demissão de Abel Braga. Com o treinador português Jorge Jesus, a defesa passou a sofrer mais gols, mas o ataque se tornou mortal e o aproveitamento melhorou muito. O Rubro-Negro hoje lidera o Brasileiro, com três pontos de diferença para o vice-líder Palmeiras e com 12 gols a mais que o rival paulista.
Flamengo após a estreia no Brasileiro
Antes de Jesus | Depois da chegada de Jesus |
12 jogos, 7V, 3E e 2D | 16 jogos, 10V, 4E e 2D |
67% de aproveitamento | 71% de aproveitamento |
17 gols marcados (1,41 por jogo) | 34 gols marcados (2,12 por jogo) |
9 gols sofridos (0,75 por jogo) | 14 gols sofridos (0,87 por jogo) |
Fonte: Espião Estatístico
Destaques individuais
Gabriel e Arrascaeta melhoraram muito com Jorge Jesus — Foto: André Durão
Fred começou o ano bem demais. Era um dos artilheiros do Brasil até a estreia no Brasileiro, com 16 gols marcados em 17 jogos, além de quatro assistências. Assim como todo o resto do time, caiu de rendimento e enfrentou um longo jejum. Nas 16 partidas até a estreia de Ceni, conseguiu apenas uma assistência. Com a chegada do novo treinador, o camisa 9 desencantou, já balançou a rede três vezes e deu um passe para gol.
No Flamengo, a chegada de Jorge Jesus fez muito bem a Gabriel e Arrascaeta. Não que os dois estivessem muito mal com Abel Braga. Mas a melhora da dupla com o treinador português é incrível.
Gabigol marcou 14 gols e deu duas assistências nas suas primeiras 26 partidas do ano, enquanto o uruguaio, em 23 jogos, fez cinco gols e deu quatro assistências. Com Jorge Jesus, os dois têm menos jogos e um número muito maior em participações diretas em gols: Gabriel balançou a rede 16 vezes e deu quatro passes para gols em 14 partidas, e Arrascaeta fez sete gols e deu cinco assistências em 12 jogos.
*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira, Valmir Storti e Vitória Azevedo
Fonte: GE