Estrela em formato de gota é descoberta por astrônomos amadores

Ashley Strickland/CNN

Representação artística da estrela em formato de gota e a anã-vermelha

Representação artística da nova estrela em forma de gota e sua consorte anã-vermelha

Foto: Gabriel Pérez Díaz/Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias.

Astrônomos amadores se depararam com um corpo celeste incomum ao analisar dados capturados pelo satélite Tess, da Nasa. O que não sabiam é que estavam olhando para um tipo de estrela completamente desconhecido —o primeiro de seu tipo. Denominada HD74423, está localizada a 1.500 anos-luz da Terra e chamou a atenção por seu formato de gota, ao invés da forma esférica convencional. Sua descoberta foi publicada na segunda (16) no periódico Nature. É comum que as estrelas pulsem: o nosso sol também faz isso, por causa dos gases quentes que se acumulam sob sua superfície. No entanto, independente da idade ou tamanho da estrela, elas compartilham uma similaridade: seus pulsares podem ser observados de todos os seus lados — até agora. O novo astro parece pulsar somente em um de seus hemisférios. Os cientistas conseguiram determinar a causa dessa estrela se comportar de maneira tão incomum. Ela é parte de um sistema binário, integrado também por uma anã-vermelha —estrelas pequenas e frias que são muito comuns em nossa galáxia. As duas estrelas estão tão próximas uma da outra que a força gravitacional da anã-vermelha distorce as pulsações da estrela maior — o que lhe dá esse formato de gota, ao invés da forma esférica convencional. Além do molde incomum, a composição do asrto também intrigou cientistas. “É uma estrela com uma química peculiar. Normalmente, estrelas quentes são ricas em metais — essa não, o que a torna rara”, disse Simon Murphy, pesquisador do instituto de astronomia da Universidade de Sydney. “Teorizamos que estrelas como essa deveriam existir desde a década de 1980”, disse Don Kurtz, cientista da Universidade de Lancashire Central, na Inglaterra. “Estive procurando por uma estrela como essa por quase 40 anos e agora nós finalmente a encontramos”. Os pesquisadores disseram que agora que sabem que esse tipo de estrela existe, devem encontrar “muitas outras escondidas nos dados do satélite Tess”. 

Fonte: CNN

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