Em agosto, Bolsonaro afirmou que ele seria exonerado da Superintendência do Rio de Janeiro por problemas de “gestão e produtividade”. Segundo a PF, mudança de cargo estava planejada.
O ex-superintendente da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro Ricardo Andrade Saadi foi nomeado para chefiar o serviço de repressão à lavagem de dinheiro, setor dentro da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, em Brasília. A nomeação foi publicada no “Diário Oficial da União” nesta terça-feira (8).
Saadi foi exonerado do cargo no Rio de Janeiro em 30 de agosto, dias após o presidente Jair Bolsonaro ter afirmado em entrevista à imprensa que iria substituir Saadi por um delegado de Manaus, por problemas de “gestão e produtividade”.
No mesmo dia, a PF divulgou nota informando a substituição de Saadi já estava prevista há algum tempo e nada tinha a ver com o desempenho profissional dele. “A troca da autoridade máxima do órgão no estado já estava sendo planejada há alguns meses, e o motivo da providência é o desejo manifestado, pelo próprio policial, de vir trabalhar em Brasília, não guardando qualquer relação com o desempenho do atual ocupante do cargo”, dizia a nota da PF.
No dia seguinte, questionado sobre a nota da PF, Bolsonaro afirmou que a palavra final sobre o assunto era ele (veja no vídeo abaixo) . O presidente disse que o escolhido para comandar a PF no Rio de Janeiro seria Alexandre Silva Saraiva (superintendente no Amazonas), e não Carlos Henrique Oliveira Sousa, como citado pela PF. A corporação é subordinada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Após as falas de Bolsonaro, superintendentes da PF ameaçaram entregar os cargos caso Bolsonaro não recuasse de intervenção na superintendência no Rio de Janeiro.
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Fonte: G1 — Brasília