Grêmio, “o Imortal tricolor”, vira diante do Palmeiras e vai às semifinais da Libertadores

Por: Lino Tavares
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Por Lino Tavares/sosbrasilia

Antes do jogo histórico  desta terça-feira, em que  o Grêmio derrotou o Palmeiras por 2 a 1 no Pacaembu e “carimbou o passaporte” para as semifinais da Copa Libertadores, ouviu-se muita besteira caracterizada pela tentativa de comparar a situação adversa do tricolor, que tinha perdido o confronto de ida em casa por 1 a 0, com a do Internacional, que perdeu o jogo de ida para o Flamengo por 2 a 0 Maracanã.

Na verdade não havia termos de comparação entre essas duas decisões de 180 minutos e isso me levou a atribuir no comentário anterior uma possibilidade 40 % de classificação do Grêmio diante do Palmeiras contra apenas 10% do Inter no jogo desta quarta-feira frente ao Flamengo. 
Levei em conta para isso, além da diferença de gols da derrota do time de Renato Portaluppi ser inferior à da equipe treinada por Odair Hellmann, o fato de o tricolor levar na bagagem para São Paulo a vantagem do saldo de gols qualificado, algo que o colorado não terá nessa disputa com o Flamengo, uma vez que joga em casa. 
Quem leu meu comentário sobre a derrota do Grêmio para o Palmeiras, em Porto Alegre, deve lembrar que titulei a matéria afirmando que, mesmo derrotado, o time gaúcho tinha chance de reverter a desvantagem em São Paulo, valendo-se do critério de desempate pelo saldo qualificado.  
Momentos antes dessa vitória gremista no Pacaembu, ouvi um colega mal informado da TV Fox Sport afirmar que a situação do visitante gaúcho era muito delicada, já que para cada gol  que viesse a sofrer teria que fazer 4 para não ser eliminado. 
Diante de tamanho disparate, fruto da mais completa ignorância sobre a real situação gremista nessa decisão,  postei no facebook e em outras redes sociais a seguinte observação acerca dessa colocação infeliz:
Acho que esse colega da Fox se referiu à situação do Inter na decisão dessa quarta-feira diante do Flamengo, já que no jogo de logo mais é o Grêmio e não o Palmeiras que conta com a vantagem do saldo qualificado como critério de desempate. 
E completei:  se o tricolor sair perdendo de 1 a 0, bastará fazer 2 gols, vencendo por 2 a 1 ou outro escore qualquer para eliminar o time de Felipão e ficar com a vaga para as semifinais da Libertadores.  Finalizei: a  vantagem do Palmeira é escassa e pode ser desfeita com um só gol, que bem pode ser assinalado por Everton Cebolinha nos primeiros minutos de jogo”. 
Longe de me considerar guru, pitonisa ou coisa que o valha, parece até que eu estava adivinhando o que realmente acabou acontecendo na partida. O Grêmio virou e se classificou, valendo-se do critério do saldo de gols qualificado, com direito a gol de Cebolinha, conforme eu havia vaticinado. 
Vale destacar que essa vitória de 2 a 1 diante do Palmeiras, que coloca o Grêmio nas semifinais do torneio continental, representou para o “imortal tricolor dos Pampas”  uma quebra dupla de tabus. 
Um deles prende-se ao fato de o Grêmio, até então, nunca ter vencido o Palmeiras no estádio do Pacaembu. O outro acaba com o jejum gremista de jamais ter se classificado em jogos mata-mata, depois de haver perdido o primeiro confronto (jogo de ida).
No âmbito da rivalidade Gre-Nal, essa classificação do Grêmio deve representar um pesadelo para os torcedores colorados, que com sabradas razões secaram o arquirrival nessa disputa em que também se acham envolvidos em situação tremendamente desconfortável. 
Ante a iminência de uma provável eliminação na Libertadores, diante do Flamengo, que adentra o Beira-Rio com larga vantagem, uma eventual derrota do Grêmio nessa decisão com o Palmeira teria um efeito de vacina para a torcida do Inter, imunizando-o da flauta gremista, que será inevitável se o Inter não conseguir o milagre de reverter a situação tremendamente desfavorável em que se encontra nessa “queda de braço” com o Flamengo arrasador de Jorge Jesus. 
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