“Lei do Ex” não acontece com Guerrero, Inter perde de 2 a 0 e precisa de milagre para seguir na Libertadores

Por: Lino Tavares

Por Lino Tavares/sosbrasilia

Um colega da mídia afirmou que, na derrota para o Flamengo no jogo de ida pelas quartas de final da Libertadores, o Inter repetiu o drama vivido pelo rival Grêmio, depois de perder por 1 a 0 para o Palmeiras, em confronto igualmente válido por essa etapa do torneio continental. Não sei se por mera preguiça de raciocinar, esse analista de futebol atribuiu nível de igualdade a situações completamente diversas, uma vez que o tricolor tem cerca de 40% de chance de reverter o resultado desfavorável diante do time de Felipão, enquanto a possibilidade de o Inter eliminar o Flamengo e avançar na Libertadores gira em torno de 10%. A tese se expressa nos números com que cada representante da dupla Gre-Nal precisa contar para desfazer os resultados adversos dos jogos de ida e conseguir classificação para a semifinal do torneio continental. Para eliminar o Palmeiras no tempo normal de jogo, o Grêmio precisará apenas de uma vitória com diferença de 1 gol, que não seja o mesmo 1 a 0 que sofreu como mandante na Arena, hipótese que levaria a decisão para a cobrança de penalidades. Já o Internacional, para despachar o Flamengo e continuar vivo na Libertadores, necessita derrotar o time de Jorge Jesus por uma diferença de três gols, e para conseguir isso terá que jogar ofensivamente, tornando mais vulnerável seu sistema defensivo, com risco iminente de levar um gol e ter que fazer quatro para sobreviver.  Considerando que é muito difícil lograr tamanha vantagem em cima desse Flamengo embalado, o que de mais sensato o técnico Odair Hellmann deve fazer, no tudo ou nada de quarta- feira, é resguardar-se defensivamente, já que levar gol seria catastrófico, e tentar repetir o 2 a 0 que levou no Maracanã, explorando no Beira-Rio as jogadas de contra-ataque. Isso seria insuficiência para reverter a situação a seu favor, mas nas atuais circunstâncias estaria de bom tamanho, uma vez que com esse resultado o Inter desmancharia o placar adverso trazido do Rio e iria para a decisão por pênaltis em igualdade de condições com o vistante carioca. O problema é que essa hipótese já deve ter passado pela cabeça do treinador do Flamengo, que tomará precauções para que isso não aconteça, já que foi exatamente assim, revertendo a derrota de 2 a 0 sofrida no Equador e vencendo nos pênaltis, no Rio, que seu time conseguiu alcançar o milagre de eliminar o Emelec e permanecer vivo na disputa da Libertadores. As situações divergentes de Grêmio e Inter nesses jogos de ida da Libertadores corroboram aquilo que sempre falei e repeti no comentário de ontem, ou seja, que nos jogos mata-mata com saldo qualificado no critério de desempate é mais vantajoso disputar o jogo de ida como mandante. Por ter jogado a primeira partida em casa, o time de Renato Portaluppi vai para a decisão no jogo de volta diante do Palmeiras, levando na bagagem o recurso do sado qualificado, que lhe permitirá eventual classificação vencendo por escassa margem de gols.  Em razão de ter realizado o primeiro jogo na casa do adversário, o Internacional tem como elemento desfavorável nessa disputa o fato não poder lograr classificação com nenhuma vitória com diferença de dois gols, pois afora um eventual 2 a 2, que levaria a decisão para os pênaltis, qualquer outro  placar que conseguir com essa diferença de gols representará o adeus solene à Libertadores de 2019.

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