Governador fez anúncio em rede social. Na última semana, ele disse que estudava antecipar retomada das atividades; professores e pais de alunos criticaram possibilidade.
Por Pedro Alves, G1 DF
Ibaneis Rocha em coletiva no Palácio do Planalto — Foto: NBR/Reprodução
O governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou neste domingo (26) que ‘não há previsão para reabertura das escolas’ do Distrito Federal em meio à pandemia do novo coronavírus. O chefe do Executivo fez o anúncio em uma rede social após polêmica sobre a retomada das atividades.
Na última semana, Ibaneis disse que estudava a possibilidade de antecipar a volta às aulas nas escolas. A medida causou reações de professores e de pais de alunos.
- “As secretarias de Educação e Saúde ainda estão analisando de que forma poderá ser feita a volta às aulas. Não há data prevista. O importante é ter responsabilidade e segurança para salvar vidas”, diz a postagem.
Postagem do governador Ibaneis Rocha em rede social — Foto: Instagram/Reprodução
Por decreto do governador, as aulas nas redes pública e particular estão suspensas até o dia 31 de maio.
A polêmica sobre a antecipação da reabertura das escolas começou na última segunda-feira (20). À ocasião, Ibaneis se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que sugeriu a retomada das atividades nas escolas cívico-militares da capital já nesta segunda (27).
O governador disse que havia gostado da ideia e que ela poderia ser “um bom teste” para a retomada das aulas em toda a rede. Na quarta (23), após reações negativas, Ibaneis indicou que não atenderia a sugestão do presidente.
No entanto, disse que a reabertura começaria pelas escolas de ensino médio e deu 10 dias à Secretaria de Educação para que apresentasse um estudo sobre a retomada das atividades nessas unidades.
Reações
Após os anúncios do governador, pais e professores demonstraram preocupação com a possibilidade de antecipação do retorno das aulas.
Responsáveis por estudantes das escolas cívico-militares criaram uma petição online pedindo que a medida não fosse colocada em prática. Até a última atualização desta reportagem, o documento reunia mais de 19 mil assinaturas.
O Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) também repudiou a possibilidade.
“A gente está em um momento crucial. Retornar as aulas agora pode colocar a perder todo o esforço feito não só pelo governo, mas pela população e todo o sacrifício até aqui”, afirma.
Fonte: G1/DF