DISCUSSÃO SOBRE RENDA BRASIL FICOU PARA TERÇA-FEIRA

Por: Renato Riella

O Governo não conseguiu consenso mínimo sobre os programas sociais e sobre o programa Renda Brasil, defendido pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, que permanece indefinido.
Presidente Bolsonaro pretende discutir o assunto na terça (1º) com lideranças políticas, pois vai depender da aprovação futura do Congresso para qualquer proposta.

AUXÍLIO – Bolsonaro afirmou na live semanal que é “impossível” manter o pagamento do auxílio emergencial em 2021. Garantiu o benefício até dezembro e disse que as próximas parcelas devem variar entre R$ 200 e R$ 600.

GUEDES –Ministro Paulo Guedes comentou que o Presidente  Bolsonaro estava certo ao defender a manutenção do abono salarial (espécie de 14º salário) para os trabalhadores formais que recebem até dois salários mínimos.
Guedes informou que a eliminação do abono salarial era apenas uma das possibilidades em estudo. A equipe econômica levou outras sugestões de propostas para financiar o Renda Brasil.

INDÚSTRIA – O Ministro da Economia falou sobre as perspectivas para a indústria, dizendo que a alta do dólar e os juros baixos ajudarão o setor industrial a se recuperar em 2021.
Reiterou a promessa de medidas para liberalizar a economia, como reduções de impostos por meio da reforma tributária e mudanças em legislações. “A indústria pode esperar para o ano que vem câmbio forte, juros baixos, impostos descendo com reforma tributária”, comentou.

Entre as medidas que deverão reduzir os custos logísticos e aumentar a competitividade do produto brasileiro, ele citou a reforma na lei de navegação por cabotagem e a liberalização do mercado de energia, que deverá baratear o preço da luz e dos combustíveis.

WITZEL – Superior Tribunal de Justiça deve julgar na quarta-feira (2) se confirma a decisão do ministro Benedito Gonçalves que  afastou do cargo o Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
E o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal,   liberou a tramitação do processo de impeachment de Wilson Witzel, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

BRASIL –  Mortes pela covid têm tendência de queda no Brasil, ficando abaixo de mil.
Ontem, houve 855 mortes, elevando o total a 119.504.

Os estados com mais morte permanecem os mesmos: São Paulo (29.694), Rio de Janeiro (15.859), Ceará (8.376), Pernambuco (7.512) e Pará (6.106)

BARES – Levantamento do Sebrae mostra que 6,7% dos donos de bares e restaurantes do Brasil decidiram encerrar o negócio permanentemente por causa da crise.
De acordo com o levantamento, 92% das empresas do setor tiveram queda no faturamento. Apenas 4,5% dos donos de bares e restaurantes afirmaram ter aumentado seus rendimentos no período da pandemia.

JUROS – As empresas e famílias pagaram taxas de juros ligeiramente mais baixas em julho, segundo o Banco Central (BC).
A taxa média de juros para as pessoas físicas no crédito livre chegou a 39,9% ao ano, queda de 1,5 ponto percentual em relação a junho.

Já a taxa média das empresas ficou em 12,3% ao ano, redução de 0,7 ponto percentual na comparação com o mês anterior.
A taxa do crédito pessoal (não consignado) chegou a 82,3% ao ano, com recuo de 2,7 pontos percentuais em relação a junho. Os juros do crédito consignado caíram 0,6 ponto percentual para 19% ao ano.

A taxa do cheque especial chegou a 112,7% ao ano, queda de 0,3 ponto percentual em relação a junho.
Já os juros médios do rotativo do cartão de crédito subiram. A taxa chegou a 312% ao ano, com alta de 9,4 pontos percentuais.

DÉFICIT – Governo central, formado por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou déficit primário de R$ 87,835 bilhões em julho, o pior para o período da série iniciada em 1997, mas melhor que o estimado pelo mercado.

A exemplo do que vem ocorrendo desde abril, o resultado foi novamente afetado, pelo lado da receita, pela retração econômica decorrente do surto de coronavírus. Olhando para as despesas, houve impacto da execução de R$ 62,8 bilhões em medidas associadas ao combate à crise.
Só com o auxílio emergencial, foram pagos R$ 45,9 bilhões.

PETROBRAS – Entre 582 empresas de capital aberto da América Latina que divulgaram seus balanços até o dia 21, a Petrobras foi a que teve o maior prejuízo no primeiro semestre, com perda de US$ 9,4 bilhões (R$ 51,5 bilhões), segundo levantamento da Economatica, empresa de dados financeiros e tecnologia.

O prejuízo foi provocado pela redução do consumo de combustíveis no mercado interno, e pelas provisões realizadas para cobrir o plano de demissão voluntária proposto aos funcionários, entre outros motivos.

ELEIÇÃO – Modernidade em debate.
Tribunal Superior Eleitoral confirmou que candidatos não podem participar de lives promovidas por artistas para fazer campanha eleitoral. Seriam as “livemícios”.

OBRAS – Presidente Bolsonaro autorizou a ampliação de gastos públicos com obras neste ano. O valor definido anteriormente, de R$ 5 bilhões, deve ser ampliado para R$ 6,5 bilhões.
Dos R$ 6,5 bilhões, cerca de R$ 3,3 bilhões serão distribuídos entre deputados e senadores, na forma de emendas.

CÉDULA – Nota de R$ 200 será lançada na próxima quarta-feira (2). Mais de sete milhões de notas já foram impressas. Casa da Moeda prevê a impressão de 450 milhões de notas

BOLSONARO – Presidente Bolsonaro passa a manhã em Caldas Novas.
Acompanhado do Governador Caiado, ele inaugura usina fotovoltaica goiana. 

Por RENATO RIELLA

COMPARTILHE AGORA:

Leia também