Por Renato Riella*
Lembro que, há 20 anos, comprei pacote com cinco camisetas de malha no Carrefour, a um real cada. Ainda tenho duas, meio furadinhas.
Quando cheguei em casa, vi que eram chinesas. Fiquei meio assustado. Como é que pode?
Nessas duas décadas, mexendo com eventos de moda, vivi a decadência da nossa indústria de roupa.
Testemunhei fábricas de Brasília, que tinham boa produção, comprando produtos chineses para aplicar suas marcas. Fraude, claro! Uma delas, muito ligada a mim, dispensou 80 empregados no Núcleo Bandeirante, tentando sobreviver.
Meu feeling indicava que isso era errado.
Hoje percebemos que a concorrência desleal desses asiáticos sem ética desmontou a indústria brasileira – inclusive nos setores ligados à Saúde.
Ficamos reféns daqueles comunistas de araque, montados numa ditadura sanguinária, que conseguem oferecer ao mundo produtos mais baratos graças à exploração monstruosa dos seus próprios trabalhadores.
Terra sem lei. Eles praticamente conseguiram o monopólio na venda de máscaras cirúrgicas. Pena que não têm fé, mas mesmo assim vão para o inferno.
Será que o Brasil e outros países vão sair dessa pandemia com o pacto de boicotar produtos chineses?
Este seria o grande saldo das perdas que sofreremos por causa do vírus produzido pela maior nação do mundo.
Precisamos resgatar nossa capacidade de produção.
Vamos incentivar o consumo consciente dos nossos produtos.
Da minha parte, prometo nunca mais comprar camiseta de R$ 1,00. Sabia há 20 anos que isso era bandidagem.
*RENATO RIELLA é jornalista e colunista convidado especial do SOS BRASÍLIA
