SEIS MESES DE GOVERNO…CADÊ O IMPEACHMENT?

Por: Renato Riella

Domingo, 30 de junho, o Governo Bolsonaro completa seis meses, com manifestações de apoio em todos os estados, abrangendo mais de 100 cidades.

Nesse período, as áreas mais diversas de oposição vasculharam tudo, em busca de algum fato que pudesse gerar um pedido de impeachment – mas não acharam.

Bolsonaro foi sabotado em todos os minutos desses seis meses, pelo Congresso Nacional, pelo Supremo Tribunal Federal e por toda a chamada imprensa estabelecida.

Mesmo nas Forças Armadas ele não pode dizer que tem unanimidade. 

E conta com a oposição suicida de pelo menos nove governadores, principalmente do Nordeste.

O Presidente só consegue acreditar no apoio de um partido: o Novo. Mesmo o PSL, pelo qual se elegeu, tem posturas confusas. Não dá para confiar nesses políticos, até mesmo pela falta de experiência e incompetência.

E como Bolsonaro sobreviveu?

A principal resposta é que ele não tem oposição.
Existem picaretas ou porralocas que atacam a todo momento o governo, mas sem a menor credibilidade.

Parece piada, mas o único nome que pode se contrapor a Bolsonaro, hoje em dia, estará preso por muito tempo. Fica ridículo dizer, mas somente Lula poderia enfrentar o atual Presidente.

POSTURA ZEN

Como ser humano, não existe ninguém no mundo menos zen do que Jair Bolsonaro.

Mas, por incrível que pareça, é esta a sua postura diante dos ataques.

Mesmo quando quase morreu, com incrível facada, nunca demonstrou revolta, ódio ou desânimo.

Quando sofre cínicas sabotagens no Congresso Nacional, só dá risada e diz: “Depende deles”.

Assim, nos últimos minutos da prorrogação, deputados e senadores aprovaram o enxugamento do Governo, que acabou ficando mesmo com somente 22 ministérios.

O mesmo aconteceu com a aprovação do crédito suplementar de mais de R$ 200 bilhões. Gente muito suspeita, como Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, ameaçou não aprovar. 

Bolsonaro riu e disse que suspenderia benefícios diversos, inclusive a Bolsa-Família. No último minuto, o enorme crédito passou, garantindo um segundo semestre normal.

O mesmo vale para a Reforma da Previdência. Uns e outros (todos) exigem articulação do Governo para aprovar o projeto. Bolsonaro ri e mais uma vez afirma: “O problema agora é do Congresso”. 

Assim, claro que a Reforma da Previdência vai passar, dando um segundo semestre de muito otimismo para um governo que não negocia com deputados e senadores famintos por grana.

Agora vem o Acordo do Mercosul com a União Europeia, que terá de ser discutido no Congresso Nacional até o fim do ano. Será mais uma tentativa de sabotagem.

Como se disse na Reforma da Previdência, se isso for aprovado Bolsonaro vai acabar se reelegendo em 2022.

No fim, passa tudo, porque o povo está mobilizado. Esses políticos viciados morrem de medo da reação nas ruas, nos aviões e até mesmo dentro do Congresso.

Quanto ao impeachment, eles vão continuar procurando qualquer falha grave. Será que Bolsonaro vai dar mole para os chantagistas? 

De certo mesmo, o que existe é a manifestação de amanhã, domingo, com a presença dos assustadores caminhoneiros em Brasília.

E temos agora um tema especial: a proteção total ao Ministro da Justiça, Sérgio Moro, contra bandidos disfarçados de jornalistas.

As coisas estão a cada momento mais animadas. 

PREVISÃO

Em tempo: Bolsonaro sofrerá breve outro atentado. Espero que escape. As forças ocultas estão mais visíveis do que nunca.

*RENATO RIELLA é jornalista, colunista especial do site SOS BRASÍLIA

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