Tá com medo de quem? Procurador-geral pede ao STF que delação de Cabral perca a validade

(Brasília - DF, 26/09/2019) Solenidade de Posse do Procurador-Geral da República, Augusto Aras.rFotos: Isac Nobrega/PR

Aras considera que o ex-governador ainda oculta patrimônio e que não apresentou provas suficientes para as investigações. Ministro Fachin validou acordo na semana passada.

Por Mariana Oliveira e Rosanne D’Agostino, TV Globo e G1 — Brasília

O procurador-geral da República, Augusto Aras, recorreu nesta terça-feira (11) da decisão do ministro Luiz Edson Fachin que, na semana passada, homologou a delação premiada do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.

Caberá a Fachin decidir:

  • se reverte a própria decisão e revoga a validade da delação;
  • se leva o caso a julgamento no plenário da Segunda Turma, que analisa casos da Lava Jato, ou para o plenário, para discussão entre todos os ministros da Corte.

O acordo de delação foi firmado com a Polícia Federal em dezembro. O teor da colaboração está sob sigilo.

Antes mesmo da homologação, Aras foi contra a delação por considerar que os valores que Cabral se comprometeu a devolver já estavam bloqueados pela Justiça e que o ex-governador não apresentou fatos novos nos depoimentos.

Ministro do STF Edson Fachin valida delação do ex-governador Sérgio Cabral

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Agora, o procurador disse que há elementos que indicam que Cabral ainda oculta patrimônio e que ele não entregou informações suficientes para colaborar de modo efetivo com as investigações.

Aras quer que, caso a delação seja mantida, o acordo não afete as prisões decretadas contra Sérgio Cabral.

O ex-governador está preso desde novembro de 2016, e foi condenado a mais de 280 anos de prisão pela Justiça. A maioria desses processos está relacionada à operação Lava Jato.

Cabral vem admitindo, desde o ano passado, que recebeu propina enquanto ocupava cargo público. Ele também apontou outros supostos membros da organização criminosa.

Fonte: G1

Comentário da redação do SOS:

Quem não deve não “TREME” (já dizia minha vó)

Será que tem boi na linha?

Ricardo Noronha, editor SOS BRASÍLIA

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