COELHO ELIMINA INTER NOS PÊNALTIS E REPRESENTARÁ “SEGUNDONA” NA SEMIFINAL DA COPA DO BRASIL

Por: Lino Tavares

Sem “milagre de Jesus”, Flamengo leva 3 a 0 do São Paulo e dá adeus à Copa do Brasil

É incrível o quanto uma saída de treinador pode influenciar psicologicamente num time de futebol, algo que fica comprovado em relação à perda involuntária dos técnicos Jorge Jesus, pelo Flamengo, e Eduardo Coudet, pelo Internacional.

No caso do rubro-negro carioca, a queda de produção após a saída do técnico português foi abismal, custando ao campeão brasileiro resultados incompatíveis com a qualificação técnica do plantel milionário que o clube possui.

Pela terceira vez consecutiva, o esquadrão flamenguista perde para o São Paulo, sofrendo em três partidas nada menos do que 9 gols e fazendo apenas 2.

A derrota de 3 a 0 sofrida pelo time do Ninho do Urubu diante do São Paulo, nesta quarta-feira no Morumbi, foi ainda mais devastadora do que aquela de 4 a 1 que sofreu para o tricolor paulista no Maracanã, pois veio acompanhada do gosto amargo da eliminação na Copa do Brasil, nesta fase do torneio em que até time da segunda divisão conseguiu se classificar. 

Refiro-me, é perceptível, à passagem inédita do América Mineiro para a semifinal da Copa do Brasil, conseguida em cima do Internacional, outro gigante do futebol breasileiro que, a exemplo do Flamengo, não está conseguindo superar a ausência de seu treinador argentino, revelando um futebol tosco e desordenado que não condiz com a posição que ocupa na tabela do Brasileirão.

O Inter foi eliminado do torneio brasileiro na decisão por pênaltis, devido em parte a um erro de cobrança praticado ironicamente por seu destacado goleador Thiago Galhardo. 

A vitória do Coelho sobre o Colorado,ainda que alcançada nos pênaltis, acabou premiando a equipe que mais fez por merecer a classificação, pois o time mineiro  tinha derrotado a equipe gaúcha no Beiro-Rio, com um gol assinalado no tempo regulamentar, enquanto o Inter devolveu o mesmo placar ao adversário, valendo-se dos minutos de prorrogação, que a meu ver foram exagerados por parte da arbitragem. 

Os outros dois resultados das decisões dos mata-ma das quartas de final da Copa do Brasil corresponderam as expectativas, já que os favoritos confirmaram o favoritismo e despacharam seus adversários de menor hierarquia técnica.

O Grêmio, que finalmente acertou o passo e vem sustentando uma invejável série invicta, não encontrou a menor dificuldade para bater o Cuiabá, confirmando a classificação em casa com um 2 a 0, placar ainda mais dilatado do que o alcançado no jogo de ida, quando venceu o time mato-grossense pelo escore mínimo.

Mais uma vez o destaque gremista no jogo foi a excelente movimentação do meio de campo, onde o trio Matheus Henrique, Darlan e Jean Pyerre, jogando como manda o figurino, abasteceu o ataque gremista, permitindo que o velocista Pepê criasse jogadas de profundidade, servindo Diego Souza para fazer os gols de que tanto precisava para espantar a sombra decorrente da contratação do centroavante argentino Diego Churín, 

O outro classificado, Palmeiras, não fez uma partida de encher os olhos frente ao Ceará, posto que não foi além de um empate em 2 a 2 diante de uma equipe reconhecidamente inferior.

Mas tem como atenuante, no modesto resultado, o fato de haver disputado um jogo decisivo em que poderia perder por um placar de até 2 a 0, para lograr classificação, já que havia vencido o jogo de ida, em casa, pelo folgado marcador de 3 a 0.

Com todo respeito que merece o bom e valente América Mineiro, adversário do Palmeiras na semifinal, arrisco dizer que o time de Fernando Diniz é favorito a disputar a grande final do torneio com o Grêmio ou com o São Paulo, que disputam de igual para igual a outra vaga da fase derradeira da competição.

Entre esses dois tricolores, que vivem momento de franca ascensão técnica, não há favoritos no mata-mata da semifinal. Contudo a história da Copa do Brasil sugere conferir um pouquinho mais de crédito ao Grêmio pelo fato de ser um time mais copeiro do que o São Paulo, pelo menos no panorama nacional.

POR LINO TAVARES

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