Sâmia Regina Aragão Nunes ficou mais de um mês na UTI de hospital particular da capital. Ela teve 60% dos pulmões comprometidos pela doença.
A técnica de enfermagem Sâmia Regina Aragão Nunes, que atuava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia, recebeu alta hospitalar e permissão para ir para casa nesta quinta-feira (2). A liberação ocorre 49 dias após a mulher, de 57 anos, ter sido hospitalizada para tratar da Covid-19.
A profissional de saúde chegou a ficar 33 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular da capital. Ela teve 60% dos pulmões comprometidos pela doença. Em maio, o G1 revelou que mais de 50 profissionais da UPA de Samambaia tinham sido contaminados pelo novo coronavírus.
Ao deixar o hospital, a técnica foi aplaudida por familiares e profissionais que acompanharam o caso. Emocionada, Sâmia Regina se levantou da cadeira de rodas e foi em direção ao filho, que entregou uma rosa vermelha para a mãe (veja vídeo acima).
O Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (Sindate-DF) também esteve no local. Na gravação, é possível ver uma faixa em homenagem ao trabalho da profissional durante a pandemia.
“Sâmia, você que trabalhou combatendo a Covid-19 na linha de frente, hoje venceu essa batalha. Seja bem-vinda de volta.”
A técnica de enfermagem é uma entre os 2.253 profissionais de saúde que foram contaminados pelo novo coronavírus na capital. Até esta quarta-feira (1º), oito deles haviam morrido.
A vítima mais recente foi o também técnico de enfermagem Hiran Rodrigues Lima, de 47 anos, que trabalhava no pronto-socorro do Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Fonte: Afonso Ferreira, G1 DF