Segundo corporação, policial foi ferido na cabeça. Pelo menos um manifestante passou mal após bomba de gás lacrimogêneo ser jogada.
Manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar do Distrito Federal, nesta quarta-feira (25), em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Um PM acabou ferido no rosto por uma pedra atirada pelos participantes do protesto e foi levado a um hospital particular de Brasília.
Entre os manifestantes, pelo menos uma pessoa passou mal após ser atingida por bomba de gás lacrimogênio lançada pelos militares.
O protesto ocorreu enquanto o STF julga um processo que pode levar à anulação de condenações provenientes da Operação Lava Jato.
Pedra que, segundo militares, foi atirada contra PM durante manifestação em frente ao STF nesta quarta-feira (25) — Foto: PMDF/ Divulgação
Dois grupos
Desde o início da tarde, dois grupos realizam atos em frente à sede da Corte. Um deles defende a criação da CPI da Lava Toga no Congresso Nacional, para investigar ministros do STF, além da manutenção das condenações da operação Lava Jato.
O outro grupo pede a anulação das sentenças e a liberdade do ex-presidente Lula.
Segundo a Polícia Militar, por volta das 13h30, houve um princípio de confronto entre os participantes dos dois atos.
Já por volta das 17h, o primeiro grupo, em maior número, tentou derrubar a grade de contenção montada em frente ao STF. Também jogaram tomates e outros objetos em direção ao prédio.
Nesse momento, o PM teria sido atingido por uma pedra arrancada do calçamento da Praça dos Três Poderes. De acordo com a Polícia Militar, alguns manifestantes conseguiram pular a grade e avançaram em direção do Supremo.00:00/00:18
A corporação usou bombas de gás lacrimogênio para conter o grupo. Pelo menos uma pessoa foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros após passar mal por conta do gás.
Em nota divulgada após o episódio, a PM afirmou que “repudia veementemente qualquer tipo de manifestação que extrapole os limites legais que regem as normas de boa conduta e cidadania”.
O julgamento
Na tarde desta quarta, o STF começou a julgar se réus delatores e delatados devem apresentar alegações finais (última fase de manifestação) em momentos diferentes nos processos criminais em que houver delação premiada.
Essa questão processual levou à anulação da primeira sentença do ex-juiz Sergio Moro na Operação Lava Jato, a que que condenou o ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine a 11 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
Desde o início da Lava Jato, a Justiça vinha dando o mesmo prazo para as alegações finais de todos os réus, independentemente de serem delatados ou delatores.
Fonte: G1 DF