Padre do DF é condenado a 44 anos de prisão por estupros em série

Por: Redação SOS

Apesar da condenação, o padre Delson Zacarias segue foragido. Defesa diz que vai recorrer da decisão

A Vara Criminal de Sobradinho condenou o padre Delson Zacarias dos Santos a 44 anos de prisão e oito meses de reclusão por abusos sexuais em série. O religioso era acusado por estupro de vulnerável, ocorrido entre os anos de 2014 e 2021. Após o caso ser revelado, o religioso deixou o DF e segue foragido.

Por se tratar de uma investigação que envolve menor de idade, as informações sobre o caso não podem ser divulgadas pela polícia e são sigilosas. A defesa do padre afirmou que ainda não teve acesso completo à decisão, mas que pretende recorrer.

Relembre o caso
As denúncias fizeram a Arquidiocese de Brasília afastar o religioso de suas funções. Além de ministrar aulas no seminário de Brasília e na Faculdade de Teologia (Fateo).

A violência sexual praticada contra um jovem – que não teve a identidade revelada para preservar a integridade da vítima – iniciou-se quando ele tinha apenas 13 anos. Em contato com a reportagem, o rapaz descreveu os longos seis anos e seis meses nos quais sofreu abusos quase semanalmente.

A investida do religioso teria começado na casa paroquial, antes de um casamento, em 2014: “Você se masturba ou assiste pornografia?”, questionou o padre ao então adolescente. O jovem respondeu que não, mas o sacerdote insistiu no assédio.

Na ocasião, o religioso pediu que o jovem se levantasse e abaixasse as calças. O suspeito queria ver o órgão genital do rapaz. “Eu resisti e ele me disse para não ter medo, que ele não faria nada. Nesse momento fiquei assustado, mas confiei. Abaixei as calças e ele tocou no meu pênis”, conta.

Apesar da pouca idade, o rapaz diz que sabia que o que havia acabado de acontecer era errado. “Tinha consciência de que se tratava de abuso. Por outro lado, acreditei que aquilo não aconteceria novamente e vi sinceridade no padre”, relembra o jovem.

O que diz a Arquidiocese
Procurada à época da denúncia, a Arquidiocese de Brasília, em nota, informou ao Metrópoles que a Igreja presta assistência protetiva e psicológica aos envolvidos e instaurou um processo de investigação. Além de ter providenciado o afastamento do acusado de seu ofício sacerdotal.

 

Fonte: Portal Metrópoles 

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