Imagens mostram água saindo do teto e tomadas do Hospital Regional de Ceilândia. Cirurgias e vistas foram suspensas, segundo Secretaria de Saúde.
Um cano estourou no Hospital Regional de Ceilândia, no Distrito Federal, alagou o bloco cirúrgico da unidade e deixou os pacientes às escuras na madrugada deste domingo (13). A água chegou a vazar pelo forro do teto e a jorrar por paredes e tomadas.
Imagens gravadas por pacientes mostram que os corredores do hospital ficaram inundados. Macas, mesas e equipamentos médicos também ficaram cobertos de água. Por segurança, a energia foi desligada. Cirurgias e visitas foram suspensas.
Segundo funcionários da unidade, a ala onde pacientes aguardavam por cirurgia estava em obras para troca dos canos metálicos por outros de PVC. O vazamento teria começado às 2h, após o registro de água ser religado, ao fim do serviço.
O Corpo de Bombeiros foi chamado para atuar no local. O superintendente substituto de Saúde em Ceilândia, Lucimir Maia, disse à reportagem que os 29 pacientes que estavam no local foram realocados.
“Onze foram transferidos para outros hospitais, seis receberam alta e 12 foram para outras áreas do próprio hospital de Ceilândia”, informou. De acordo com o representante da Secretaria de Saúde, cirurgias também foram suspensas.
“As visitas foram suspensas hoje [13] e só pacientes em estado grave vão receber”. Até a última atualização, parte do hospital continuava sem energia elétrica. Não há previsão para o serviço ser normalizado.
‘Sufoco’
O professor Cristiano de Oliveira, de 46 anos, estava no hospital no momento do incidente. A mulher dele se recupera de uma cirurgia de emergência no abdômen e precisou ser carregada quando a ala onde estava ficou inundada.
“Foi um sufoco. Saímos da sala com alguma dificuldade porque ela estava com pontos na barriga. Estamos até agora [10h] no corredor aguardando para sermos realocados.”
Segundo o acompanhante, o hospital ficou sem água durante todo o sábado (12) e, após o vazamento, a água chegou a 40 centímetros de altura do chão. Bombeiros usaram uma bomba para retirar o excesso.
Fonte: Marília Marques, Carolina Cruz e Helton Oliveira, G1 DF e TV Globo